O ex-Presidente Jair Bolsonaro e outros sete indivíduos, incluindo aliados civis e militares, vão ser julgados por tentativa de golpe de Estado no Brasil. A decisão foi tomada nesta quarta-feira pela maioria dos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF), que concordaram com a acusação formulada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O juiz relator, Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar pela aceitação integral da acusação, um parecer que foi seguido pelos juízes Flávio Dino e Luiz Fux. Estes três votos garantiram a maioria do julgamento, visto que a primeira turma do STF é composta por cinco magistrados. Apesar de ainda faltarem os votos das juízas Carmen Lúcia e Cristiano Zanin, o posicionamento já expresso é suficiente para levar o ex-Presidente e os demais arguidos a tribunal.
Os acusados enfrentam diversas acusações, incluindo tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. Além disso, estão imputados pelo envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património público.
A decisão histórica marca um momento crucial no sistema judicial brasileiro, refletindo a seriedade das acusações que visam enfraquecer as instituições democráticas do país. O julgamento de Bolsonaro e seus aliados ocorrerá num contexto de crescente atenção pública sobre a preservação da democracia no Brasil, com implicações significativas para o futuro político do ex-Presidente e para a estabilidade do regime democrático no país.