A Câmara Municipal de Campo Maior, situada em Portalegre, está a investir 15,2 milhões de euros na criação de uma área empresarial de nova geração na sua zona industrial, dotada de sistemas de produção e armazenamento de energia renovável. O presidente da Câmara, Luís Rosinha (PS), explicou à agência Lusa que este projeto é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Esta iniciativa surge a partir de um aviso do PRR, no qual ficámos em segundo lugar a nível nacional, apenas atrás de Águeda. Este projeto traz consigo energia verde para os nossos empresários, com custos mais económicos e a capacidade de produzir hidrogénio para veículos”, afirmou. O autarca explicou ainda que o concurso público internacional para a obra, a ser realizada em terrenos municipais, está em curso até ao final de maio.
O projeto inclui a implementação de energia fotovoltaica numa área de sete hectares, reservando-se ainda dois hectares para a produção de hidrogénio, destinado ao abastecimento de veículos. “Após o concurso, o processo terá de ser submetido ao visto do Tribunal de Contas. O ideal seria iniciar a construção o mais rápido possível para posterior submissão ao visto. Gostaria que as obras começassem em setembro, mas isso depende do Tribunal de Contas”, alertou.
Enquanto aguarda o avanço do projeto, o município está a desenvolver uma variante na zona industrial de Campo Maior, ligando a Estrada Nacional (EN) 371, entre Arronches, Campo Maior (zona industrial) e a fronteira do Retiro. “Esta obra também inclui ligações à EN 373, com acesso a Elvas”, acrescentou o presidente da Câmara.
A variante, com 3,1 quilómetros, representa um investimento de cerca de sete milhões de euros, prevendo-se a sua conclusão no início de 2025. “A zona industrial de Campo Maior tornar-se-á muito mais atrativa em termos logísticos e rodoviários, assim como em termos de competitividade, beneficiando de energia a preços mais acessíveis”, sublinhou Luís Rosinha.