A noite desce sobre Castelo Branco e, ao invés de iluminar os seus encantos, revela as suas sombras. Quem se atreve a percorrer as ruas e rotundas da cidade após o cair da noite depara-se com um cenário digno de um filme de terror, só que sem o glamour da ficção. As entradas da cidade, normalmente símbolos de boas-vindas, apresentam-se como portas obscuras, sem luz nas rotundas, a refletir de forma quase caricata a própria gestão camarária – sem brilho, sem cor, sem vida. Uma cidade triste e envolta em sombra, à semelhança de um governo local que parece não querer sair da penumbra.
Se fosse uma obra de arte, Castelo Branco seria uma pintura impressionista, onde o tom principal é o negro e os poucos pontos de luz fazem pensar que a falta de visão é, talvez, uma escolha estética. E por falar em luz, quem se aventura pela zona industrial logo percebe que ali, sim, a eletricidade está à solta, mas sem qualquer propósito. Vemos ruas iluminadas em linha reta, sem motivo algum para tal. Afinal, o que há para iluminar? Uma estrada vazia, solitária, como se a iluminação quisesse dar o tom de algo que está vivo, mas não é. Bastaria uma luz aqui, outra ali, para se poupar o consumo e evitar a sensação de que estamos a andar por um cenário abandonado, onde a cidade existe apenas para mostrar que a energia, na sua infinita generosidade, nunca falta – mesmo que ela não sirva para nada.
E, já que falamos em desperdício de energia, não podemos deixar de mencionar o parque de campismo, outro exemplo de um lugar que é tudo menos convidativo. Ali está ele, aceso como uma árvore de Natal, mas sem sequer um único visitante para admirar a sua grandeza. “Ah, mas é para atrair turistas!” dirão alguns. Será? Alguém que vá a Castelo Branco por causa do seu parque de campismo iluminado à noite? Com certeza, só se for para observar o espetáculo de uma cidade que tenta, mas não consegue, fazer sentido.
Dentro da cidade, a situação é ainda mais grotesca. As rotundas, símbolo de organização e ordem, transformam-se em círculos de escuridão, onde a falta de luz parece ser uma metáfora perfeita para a gestão de quem deveria cuidar de algo tão básico como a iluminação pública. Pergunto-me se alguém na Câmara Municipal já reparou que, ao passar por ali, os cidadãos se deparam com um cenário de desconforto? Ou será que os únicos que saem à noite estão apenas a seguir pela saída Sul, a única via onde a luz ainda se mantém acesa, mais ou menos? Quem sabe, será essa a estratégia para não dar nas vistas – ou talvez os iluminados da câmara simplesmente não se aventuram pelas outras saídas da cidade. Afinal, sair de casa, acender as luzes e olhar em volta parece ser um esforço de gestão que ninguém tem disposição para fazer.
Em suma, Castelo Branco parece uma cidade à espera de algo mais do que uma simples passagem pelo espaço público. O que falta não são os postes de luz, mas sim a luz na gestão. Quando a cidade se prepara para brilhar, fica na sombra do descuido. E, como se diz, a escuridão nunca é só física.
Tenho lido as suas crônicas, com bastante interesse, pois refletem e caracterizam bem esta aldeia com muitas casas que se quer passar por cidade.
Sou albicastrenses de gema e adoro a minha cidade. O meu filho mais novo trabalha no cei numa multinacional e está muito contente. O mais velho deixa Lisboa para viver em cb e para ganhar mais numa empresa da zona empresarial. Ainda há bocado estava na lavandaria do continente modelo e dois casais de ingleses estavam a falar pela primeira vez da sua vida em cb e estavam super satisfeitos. E não me venham com a história da Covilhã que tem tudo e mais alguma coisa porque está com uma dinâmica própria por causa da universidade que, independentemente da cor da câmara, não para é não precisam fazer nada. Há uma facção de albicastrenses que, em vez de discutirem assuntos sérios até são capazes de dizer que o prédio que está previsto para a carapalha é para ciganos e que vêem de todo o país. Dá me vontade de rir, senão de chorar. Bem, o Trump ganhou com as fake news, devem estar a espera que aconteça o mesmo com o… Cumprimentos albicastrenses
Posso concordar com algumas críticas feitas, contudo não sei se estás são acertadas no seu todo! Digo isto porque algumas das referidas, embora no perímetro da cidade estarão fora da alçada da câmara. Discordo tbm da forma jocosa como o articulista escreve, como diria alguém “não habia necessidade!”
Reconheço alguma inépcia à gestão, muito mais deveria e poderia ter sido feito no decorrer do mandato que está a um ano do seu términos!
Quanto a AS se não se sente bem pode sempre escolher outra cidade!
Isso é que é palas para tirar água da “Nora”; a partir de 74 esperava mais deste povo
Mas infelizmente tenho de concordar que antes dessa data houve melhores patriotas…./….Gestores.
Aieee Castelo Branco não é o que parece
Cidade com passeios esburacados e lixo por todo o lado ( para achar un lixo muitos passos se teram de fazer)
Cães à solta bem grandes sem ninguém para guardar e que quase EU IA SENDO ATACADA …
Policia de segurança publica no quentinho de , e muito escassos, carrinhas paradas onde outros carros param para deixar algo também…
Que TRAFICO …
Bem Albicastrense eu sou mas …
Castelo Branco mesmo só no centro da cidade.
O Sr Présidente que venha a minha frente e lhe darei alguns conselhos GRATUITOS
Aieee Castelo Branco não é o que parece
Cidade com passeios esburacados e lixo por todo o lado ( para achar un lixo muitos passos se teram de fazer)
Cães à solta bem grandes sem ninguém para guardar e que quase EU IA SENDO ATACADA …
Policia de segurança publica no quentinho de , e muito escassos, carrinhas paradas onde outros carros param para deixar algo também…
Que TRAFICO …
Bem Albicastrense eu sou mas …
Castelo Branco mesmo só no centro da cidade.
O Sr Présidente que venha a minha frente e lhe darei alguns conselhos GRATUITOS
Gente no PODER que nada faz
A entrada pelo lado do canil, também cheira como o Sr. Presidente da Câmara!!!
Eu sou nascida e criada em Castelo Branco até aos 18 anos.
Vim estudar para Lisboa e por cá estou.. Hoje tenho 48 anos e só vou a Castelo Branco no Natal e Páscoa.
Uma cidade fantasma, onde não se vê ninguém na rua.. os jovens não andam a pé nas principais Avenidas como no meu tempo.
Lamento!
Vais lá só no natal e na páscoa, mas sabes que os jovens não andam na rua como no teu tempo. Enfim, há com cada uma. Para dizer mal tudo serve. Eu tal como tu, vim estudar para Lisboa e fiquei a trabalhar cá, e vou muito mais vezes a Castelo Branco. E por isso conheci bem as duas realidades, e incrivelmente, ao contrário do que dizes, há mais gente a andar a pé em Castelo branco à noite em muitos sítios, que em muitos bairros de Lisboa. E querer comparar cidades com dimensões tão diferentes não faz sentido nenhum. Se calhar devias ir mais vezes a Castelo Branco, isso sim, para perceberes que provavelmente já não conheces realidade nenhuma da tua antiga cidade. E não emprenhar só pelos ouvidos do que os outros dizem.
Admira-me que um jornalista com este currículo venha defender uma iluminação mais intensa na nossa cidade. Portugal, a par de Espanha e Itália (ou Grécia, não estou certo), é campeão europeu na iluminação noturna. E isso não nos deve orgulhar, mas envergonhar, pois está provado que a iluminação noturna é prejudicial para os animais e humanos, pois perturba o seu organismo, impedindo-o de descansar no período a isso destinado. A iluminação noturna é uma forma de poluição e está na origem de várias doenças humanas. Por isso deve ser o menos agressiva possível. Não sou tão viajado como o autor, mas recentemente, em Inglaterra, inquiriu-se sobre as zonas onde as pessoas se sentiam melhor e em segundo lugar ficou Richmond, um “concelho” da parte oeste da grande Londres. Conheço e posso garantir que tem parques quase às escuras, travessas sem iluminação e as ruas principais não são tão iluminadas como as nossas avenidas.
Quanto à obsessão do autor por Leopoldo Rodrigues…