A criatividade não é apenas uma expressão cultural, mas um motor para o desenvolvimento económico e social dos territórios. Este foi o princípio defendido no encerramento do segundo Fórum Iberoamericano de Cidades Criativas, que decorreu em Castelo Branco e contou com especialistas internacionais. Hélder Henriques, vice-presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, sublinhou o impacto transformador da criatividade na economia e no emprego local
“A criatividade deve também gerar valor na economia, emprego e progresso”, afirma o autarca, frisando a importância de valorizar as especificidades culturais de cada região. No caso de Castelo Branco, o destaque vai para o bordado albicastrense, elemento central da candidatura da cidade à Rede Mundial de Cidades Criativas da Unesco, onde a cidade foi reconhecida na categoria de Artesanato e Artes Populares em 2023. “Estamos otimistas que o bordado albicastrense será brevemente integrado no inventário nacional do património cultural”, afirmou Henriques, revelando que a consulta pública para esse reconhecimento está em fase final.
O fórum, que contou com o Chile como país convidado, promoveu o intercâmbio de ideias e projetos, fortalecendo redes e parcerias entre cidades criativas. A iniciativa reforçou a ligação de Castelo Branco com outras cidades da rede da Unesco, como Idanha-a-Nova, Leiria, Óbidos e Caldas da Rainha, alavancando o potencial económico do artesanato e das artes populares como ferramentas de desenvolvimento sustentável.
“A nossa candidatura à Unesco não foi apenas um reconhecimento do bordado albicastrense, mas uma afirmação de Castelo Branco enquanto polo criativo e gerador de oportunidades para o território”, explicou o vice-presidente, salientando que a cidade se compromete a integrar a criatividade na sua estratégia de desenvolvimento. Henriques destacou ainda que a conferência fortalece o trabalho em rede e fomenta a partilha de boas práticas entre as cidades criativas.
O Fórum Iberoamericano de Cidades Criativas reafirmou, assim, a importância da criatividade como pilar de crescimento económico e desenvolvimento social, promovendo a identidade cultural local e incentivando novas formas de geração de valor em Castelo Branco e em toda a região.