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Castelo Branco ganha meios aéreos Fire Boss para combater incêndios

O Aeródromo Municipal de Castelo Branco alberga actualmente dois aviões anfíbios médios Fire Boss, colocados no âmbito do mecanismo europeu rescEU. A operação decorre até 31 de Outubro, coincidindo com o período de maior risco de incêndios rurais no território nacional. Estes aparelhos, adaptados a operar em pistas curtas e a abastecer rapidamente em albufeiras ou rios, têm capacidade de intervir em áreas de difícil acesso, aumentando a eficácia da resposta inicial

Investimento de 2,6 milhões de euros e alcance transfronteiriço

O posicionamento destes meios representa um investimento total de cerca de 2,6 milhões de euros, financiado em setenta e cinco por cento pela Comissão Europeia. A sua utilização não se limita ao território português: em emergências extrema, podem ser deslocados para apoiar outros Estados-Membros da União Europeia. Este reforço insere-se na lógica de solidariedade europeia e na estratégia de pré-posicionar meios em zonas de maior risco.

Visita institucional e reconhecimento estratégico

A importância do reforço foi sublinhada na visita oficial realizada a 25 de Junho por responsáveis da Protecção Civil. O Secretário de Estado da Protecção Civil, Paulo Simões Ribeiro, esteve acompanhado pelo presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), José Manuel Moura, e pelo comandante nacional, Mário Silvestre. A comitiva contou também com o presidente da Câmara de Castelo Branco e dirigentes locais. Durante a visita, foi destacado o papel estratégico do aeródromo na cobertura da região Centro e no apoio rápido a distritos vizinhos.

Infra-estrutura com apoio logístico permanente

A escolha de Castelo Branco não é casual. O aeródromo dispõe de uma Base de Apoio Logístico (BAL) que garante manutenção e abastecimento de aeronaves, hangar para estacionamento protegido e presença permanente de uma unidade do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), equipada com helicóptero. A pista asfaltada, a estação meteorológica certificada e a proximidade a grandes planos de água contribuem para a sua adequação como plataforma operacional.

Incêndios recentes evidenciam a necessidade

A localização estratégica foi posta à prova num incêndio recente junto à EN 233, que chegou a ameaçar o aeródromo. O dispositivo mobilizado contou com cerca de cento e cinquenta operacionais, quarenta e uma viaturas e oito meios aéreos. Os aviões estacionados no aeródromo não puderam descolar devido à proximidade do fogo à pista, demonstrando a vulnerabilidade da infra-estrutura mas também a importância de ter meios prontos a actuar assim que as condições o permitam.

Reforço integrado na estratégia nacional

A presença dos Fire Boss em Castelo Branco integra-se na estratégia nacional de combate a incêndios, que combina meios terrestres e aéreos para uma resposta mais célere e eficaz. A operação destes aviões, articulada com o dispositivo terrestre da Protecção Civil e com as corporações de bombeiros, deverá aumentar a capacidade ofensiva inicial, elemento considerado decisivo para evitar que pequenos focos se transformem em grandes incêndios.

O reforço de meios aéreos no Aeródromo Municipal de Castelo Branco traduz-se num investimento relevante e numa aposta estratégica para proteger pessoas, bens e património natural. A combinação de recursos europeus e nacionais evidencia que o combate aos incêndios é hoje uma prioridade partilhada e que a cooperação transfronteiriça é essencial para enfrentar desafios cada vez mais complexos.

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