Quarta-feira,Agosto 13, 2025
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Castelo Branco Merece Liderança, Não Aparências

Por trás da montra brilhante, o vazio inerente acaba sempre por emergir — e é precisamente essa a conclusão que se impõe no término do mandato de Leopoldo Rodrigues como presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco
 
Execução Orçamental: O Peso dos Números na Gestão Pública
2022 foi o ano da “pior execução orçamental do século”: a taxa de execução do orçamento foi de apenas 50,01 %, enquanto as despesas de capital alcançaram 36,48 % e as correntes 59 % — todos os valores inferiores aos do ano anterior, sinalizando uma gestão sem direção clara.
Diário Digital Castelo Branco
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2023 agravou a situação: apresentou um resultado líquido negativo de 6 445 390,33 €, elevando o déficit acumulado para quase 11,9 milhões de euros nos dois primeiros anos completos de mandato — e registando o investimento mais baixo deste século, com apenas 8,9 milhões de euros executados nesse exercício.
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2024 não trouxe recuperação: o saldo negativo manteve-se em 1 411 735,01 €, resultando em um total de 13,3 milhões de euros de défice acumulado no mandato até então. A execução das freguesias ficou-se pelos 32 %, enquanto os depósitos bancários reduziram-se em mais de 7,5 milhões de euros desde o início do mandato.
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Contraste-se com base legal: a Lei Eleitoral para Autarquias (Lei n.º 1/2001) e a Lei da Comunicação Institucional (Lei n.º 27/2007) exigem gestão responsável e clara, longe da promoção pessoal disfarçada de “ação governativa”.
 
Promessas que Deram em Nada
O movimento SEMPRE denunciou que várias promessas eleitorais de 2021 permaneceram com execução zero até 2025: Zona Histórica, reabilitação de casas, Ecopista, Escola de Chefs, Unidade de Saúde Familiar, Tribunal Central Administrativo — tudo ficou no papel.
gazetadointerior.pt
 
Em suma, o mandato é marcado por:
 
Elevados défices; fraca execução de investimento estrutural; crescimento descontrolado das despesas correntes; cumprimento mínimo das promessas eleitorais.
 
Entre Campanha e Governação, a Cidade Pagou o Preço
 
Estes números não são mero ruído estatístico; traduzem uma falência na arte de governar dentro dos limites da legalidade e da ética republicana.
A gestão transformou-se num espetáculo publicitário desprovido de resultados palpáveis. A cidade perdeu recursos — e sobretudo, perdeu-se a confiança dos seus cidadãos.
 
Se a proximidade das eleições trouxer uma derrota ao atual presidente, que seja uma consequência lógica da ausência de liderança efetiva, não da falta de “imagem”. Mais do que um rosto bem publicitado, Castelo Branco exige quem saiba gerir, decidir e servir — com trabalho sério, com obras reais e com respeito por quem paga e espera resultados.
 
Texto protegido pela liberdade de expressão (Art. 37.º CRP) e pela liberdade de imprensa (Art. 38.º CRP). A crítica aqui exposta recai sobre o desempenho público do titular de cargo político e contribui para o debate democrático saudável.
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Fernando Jesus Pires
Fernando Jesus Pireshttps://oregioes.pt/fotojornalista-fernando-pires-jesus/
Jornalista há 35 anos, trabalhou como enviado especial em Macau, República Popular da China, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coréia do Sul e Paralelo 38, Espanha, Andorra, França, Marrocos, Argélia, Sahara e Mauritânia.

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