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Chefe da PSP era o líder do grupo neonazi

Um agente da PSP, destacado na Polícia Municipal de Lisboa, foi preso quarta‑feira por suposto recrutamento no Movimento Armilar Lusitano (MAL), um grupo neonazi criado em 2018. A operação “Desarme 3D” revelou armas impressas em 3D e explosivos.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve, na terça‑feira, seis homens indiciados de integrar o MAL — um grupo neonazi nacionalista surgido em 2018, que visava formar uma milícia armada. Entre os detidos figura um agente da PSP destacado na Polícia Municipal de Lisboa, considerado líder estratégico do grupo.

Segundo fonte do Ministério Público citada pelas agências, o polícia ficara encarregue das entrevistas presenciais aos recrutas, privilegiando militares, forças de segurança e profissionais de segurança privada. O grupo recrutava via Telegram e Signal, seleccionando centenas de candidatos mediante fichas com dados físicos, profissão e aptidão para armas.

Na operação “Desarme 3D”, desencadeada pela unidade nacional contra‑terrorismo da PJ, cumpriram‑se quinze mandados de busca‑e‑apreensão. Foram apreendidos explosivos, armas de fogo — algumas fabricadas por impressoras 3D —, munições e armas branca.

Em audiência no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, o juiz decretou prisão preventiva para quatro arguidos, alegando risco de fuga e continuação da actividade criminosa. O agente da PSP, apontado como um dos líderes, figura entre os que aguardam julgamento em prisão preventiva. Os restantes dois ficarão sujeitos a apresentações periódicas na esquadra.

O despacho do MP descreve o MAL como um “movimento nacionalista extremista” dedicado a propaganda anti‑imigração, anti-sistema, incitamento ao ódio e treino para violência contra imigrantes e refugiados. Desde a pandemia, o grupo abraçou teorias de conspiração, e a guerra na Ucrânia reforçou a narrativa de falência económica dos governos de esquerda.

A investigação indica que os fundadores — o polícia, um motorista de pesados e um segurança privado — criaram células por todo o país e financiaram materiais para fabricar armas em 3D. O MP aponta o objectivo de disseminar o desacato ao Estado de Direito e eliminar instituições democráticas.

O agente da PSP está ainda sujeito a processo disciplinar interno por parte da Polícia Municipal de Lisboa, segundo fonte ligada à investigação.

A investigação ao MIL (“Desarme 3D”) revela o alcance de um grupo organizado com estrutura militarizada e capacidade logística — desde recrutamento dirigido até fabricação caseira de armamento — e sublinha a persistência de ameaças neonazis em Portugal.

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