Partido Social Democrata e Partido Socialista lidam com controvérsias internas na definição de listas para Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia nas eleições autárquicas de doze de Outubro de 2025. Dirigentes partidários e militantes locais trocam acusações de favoritismo e irregularidades em vários concelhos. Processo decorre desde Abril e revela lutas pelo poder local.
O Partido Social Democrata aposta em coligações alargadas para recuperar liderança autárquica, mas enfrenta resistências internas. Em Espinho, o candidato Jorge Ratola vê a sua escolha impugnada por Ricardo Sousa, indicado pela concelhia local, junto do Conselho de Jurisdição Nacional do partido. Processo permanece aberto e gera inquietações entre militantes. Semelhantes divisões surgem em Aveiro, com Luís Souto Miranda, e na Guarda, com João Prata, onde opções da direcção nacional causam descontentamento em estruturas concelhias. Coordenador autárquico Pedro Alves confirma cento e cinquenta e seis coligações, maioritariamente com o Centro Democrático Social-Partido Popular, e algumas com a Iniciativa Liberal, visando Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto.
No Partido Socialista, quarenta e sete presidentes de Câmara saem por limite de mandatos, criando oportunidades para rivais mas também instabilidade interna. Em Loures, uma freguesia gerida pelo PS cria gabinete de identidade local para denúncias de habitações ilegais, medida acusada pela oposição de evocar práticas do Estado Novo e gerar polémica entre socialistas. No Porto, o candidato Manuel Pizarro enfrentou investigação por prevaricação e abuso de poder, relacionada com criação de cargo público para militante do partido durante mandato como eurodeputado. Acusações integravam a operação judicial arquivada, mas inquietam bases partidárias.
Lutas internas resultam de pressões para renovação e alianças. No PSD, seis deputados candidatam-se a presidências municipais, obrigados a renunciar mandatos parlamentares em caso de vitória, o que reforça apostas em nomes experientes mas expõe riscos de perda de quadros. Partido evita coligações com o Chega, preferindo parcerias com Centro Democrático Social-Partido Popular e Iniciativa Liberal em concelhos chave como Lisboa e Porto. No PS, saídas forçadas de cinquenta e quatro autarcas abrem disputas por sucessão, com críticas a favoritismos em listas definitivas aprovadas em comissões concelhias.
Impacto nas estruturas locais
Em freguesias, dificuldades agravam-se com escassez de candidatos voluntários e acusações de manipulação. No PSD, estruturas de base contestam interferências nacionais, enquanto no PS, militantes denunciam falta de pluralismo em escolhas. Fontes oficiais dos partidos minimizam conflitos, atribuindo-os a dinâmica democrática interna, mas observadores apontam potenciais prejuízos eleitorais.
Perspectivas futuras baseiam-se em factos actuais. PSD visa reconquistar Associação Nacional de Municípios Portugueses e Associação Nacional de Freguesias, perdidas para o PS em duas mil e treze. Socialistas defendem manutenção do mapa rosa, apesar de vulnerabilidades por limites de mandatos. Entregas de listas prosseguem, com exemplos em Oeiras pelo PS com Partido Pessoas-Animais-Natureza, e em Azambuja pelo PSD. Polémicas podem influir em votações, fomentando debate público equilibrado.
Ameaça do Chega nas eleições locais
Partido Chega ambiciona conquistar vinte e uma câmaras municipais, alterando equilíbrio autárquico nacional. Sondagens indicam potencial histórico em Setembro ou Outubro de 2025, com foco em concelhos tradicionais de Partido Socialista e Partido Social Democrata. André Ventura lidera expansão, evitando coligações e apostando em candidatos locais para captar descontentes. Em Portalegre, João Lopes Aleixo disputa com Fermelinda Carvalho do PSD e Francisco Silva do PS. Estratégia ameaça PSD em Áreas Metropolitanas, onde recusa parcerias com Chega força coligações alternativas com Centro Democrático Social-Partido Popular e Iniciativa Liberal. Observadores notam risco de fragmentação à direita, beneficiando socialistas em disputas tripartidas.
Chega apresenta candidatos em múltiplas freguesias, ampliando presença. Em Ferreira do Zêzere, Sónia Pereira promete surpresa contra incumbentes. No Porto, Miguel Corte-Real desafia Pedro Duarte do PSD e Manuel Pizarro do PS. Em Tomar, Samuel Fontes visa Câmara gerida por PS. Nuno da Câmara Pereira, ex-Partido Popular Monárquico, esteve pata concorrer em Belmonte, mas desistiu. Em Santarém, Pedro Correia enfrenta Ricardo Gonçalves do PSD. Bruno Mascarenhas disputa Lisboa com Carlos Moedas do PSD. Expansão capta votos de insatisfeitos com corrupção e estagnação local, segundo analistas.
PS encara perdas em bastiões alentejanos, como Alcoutim com José Miguel Ghira, ou na Freguesia de Safara, com Sara Godinho como candidata à Junta. Limites de mandatos agravam vulnerabilidades, permitindo Chega explorar renovação forçada. PSD, ao rejeitar alianças, arrisca divisão de eleitorado conservador em concelhos como Rio Maior com Alexandre Costa ou Cartaxo com Luís Inácio à Freguesia de Vale da Pedra. Partidos tradicionais respondem com coligações para consolidar bases, mas divisões internas facilitam avanços do Chega.
Consequências sociais avaliadas
Publicação considera impacto em comunidades vulneráveis, respeitando privacidade de envolvidos. Diversas vozes, incluindo militantes e dirigentes, incorporam-se para pluralismo. Sem especulações, factos verificados em agências como Lusa e órgãos como Postal do Algarve e Renascença sustentam narrativa. Processos judiciais e impugnações mantêm presunção de inocência, sem juízos precipitados.