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China e União Europeia unem forças para contrariar instabilidade criada pelos EUA: “Parceria trará estabilidade valiosa à economia mundial”

A China afirmou esta quarta-feira que a sua relação com a União Europeia representa um fator de “estabilidade valiosa” para a economia e o comércio globais, numa altura em que as tensões comerciais com os Estados Unidos provocam instabilidade nos mercados internacionais.

A declaração surgiu numa conferência de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, através do seu porta-voz Guo Jiakun, que sublinhou a importância da cooperação sino-europeia. “Ao defenderem conjuntamente o sistema comercial multilateral no contexto atual, a China e a União Europeia trarão uma estabilidade valiosa e uma maior previsibilidade à economia e ao comércio global”, afirmou.

Pequim e Bruxelas enfrentam atualmente uma conjuntura difícil, marcada pela campanha tarifária agressiva levada a cabo pelos Estados Unidos. As políticas comerciais norte-americanas, impulsionadas por Washington, introduziram sobretaxas que chegam aos 145% sobre produtos chineses, mergulhando os mercados numa onda de incerteza e volatilidade.

O bloco europeu, cada vez mais cético face ao comportamento imprevisível dos Estados Unidos, procura diversificar as suas alianças comerciais e reforçar relações estratégicas com parceiros como a China. Nesse sentido, o presidente chinês, Xi Jinping, apelou recentemente à união de esforços entre Pequim e Bruxelas para resistirem em conjunto àquilo que classificou como “coerção”.

Para assinalar meio século de relações diplomáticas, está prevista para julho uma cimeira de alto nível entre a China e a União Europeia. No entanto, apesar da intenção de estreitamento de laços, persistem divergências significativas entre os dois lados.

Bruxelas lançou várias investigações sobre os subsídios estatais concedidos por Pequim a sectores como o dos veículos elétricos, acusando a China de práticas de concorrência desleal. Por outro lado, a União Europeia aplicou sanções a altos funcionários chineses devido a alegadas violações dos direitos humanos na região de Xinjiang, o que motivou retaliações de Pequim contra deputados, académicos e instituições europeias.

Segundo o jornal Politico, fontes do Parlamento Europeu indicaram que a China estará a ponderar o levantamento das sanções impostas a figuras europeias, embora essa possibilidade não tenha sido confirmada oficialmente pelo Governo chinês.

Em tom conciliador, Guo Jiakun garantiu que as relações com a União Europeia atravessam uma “dinâmica positiva” e deixou um convite claro: “Os membros do Parlamento Europeu são calorosamente encorajados a visitar a China com mais frequência”.

A postura da China revela uma estratégia clara de aproximação à Europa, numa tentativa de reduzir a dependência do comércio com os Estados Unidos e de reforçar a sua posição no xadrez geopolítico e económico mundial.

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