A entidade vai procurar soluções inovadoras e ligadas à descarbonização para um sector de grande importância na economia.
A Universidade da Beira Interior (UBI) é uma das entidades que fazem parte da Aliança para a Sustentabilidade na Aviação (ASA), uma iniciativa governamental que visa impulsionar a descarbonização e a inovação tecnológica no sector da aviação em Portugal, que representa um papel crucial da economia. A entidade é composta por organizações científicas, ONGs, indústria aeronáutica e dos combustíveis, transportadoras e institutos públicos nacionais com responsabilidade a área, entre outras.
A cerimónia de constituição da ASA teve lugar na terça-feira, dia 14 de janeiro, no Museu do Ar, tendo contado com a presença da Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.
O Reitor da UBI, Mário Raposo, foi quem assinou o documento, durante uma cerimónia onde esteve também o presidente do Departamento de Ciências Aeroespaciais, Francisco Brójo.
Esta participação permitirá à ASA beneficiar da reconhecida qualidade de ensino e investigação da UBI no campo da aeronáutica e em áreas relacionadas com a engenharia. A Universidade da Beira Interior conta com um historial de aproximadamente 30 anos de formação de profissionais para o sector, no âmbito da Licenciatura em Engenharia Aeronáutica, além do desenvolvimento de investigação em tecnologias de ponta. Nos anos de 1980, contribuiu para o desenvolvimento do primeiro satélite português, o POSAT 1.
A integração na Aliança reconhece ainda as crescentes preocupações com a sustentabilidade, às quais a academia está atenta.
A ASA, anunciada pelo Governo no final de outubro do ano passado, surge no âmbito do Roteiro Nacional para a Descarbonização da Aviação (RONDA) e assenta no princípio da cooperação entre todas as partes. Articula-se com o previsto no Roteiro de Neutralidade Carbónica (RNC2050) e no Plano Nacional Energia Clima (PNEC 2030), com o objetivo é inovar e liderar a transição para as práticas mais verdes, pelo desenvolvimento de tecnologias avançadas que reduzam as emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE) e promovam uma maior eficiência energética.
As entidades intervenientes reunirão periodicamente, estando prevista a organização de uma conferência pública anual, com vista a expor os resultados do seu trabalho e partilhá-los com a sociedade.