A depressão Martinho colocou Portugal em alerta máximo, deixando um rasto de destruição durante a madrugada desta quinta-feira. Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), entre as 00h00 e as 07h00, foram registadas 4.214 ocorrências em todo o país. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alerta que o mau tempo continuará nos próximos dias, com previsões de chuva intensa, trovoadas, vento forte e agitação marítima

Carrinha Tombada na Ponte Vasco Da Gama (Vídeo)
Regiões mais afetadas e principais ocorrências
De acordo com a ANEPC, a Sub-Região da Grande Lisboa foi a mais atingida, com um total de 1.452 ocorrências. A Península de Setúbal registou 456 incidentes, enquanto a Sub-Região do Oeste teve 329. Entre os principais danos reportados, destacam-se:
Queda de árvores: 2.314 ocorrências;
Queda de estruturas: 1.169 casos, incluindo telhados, andaimes e postes elétricos;
Limpezas de vias: 643 operações realizadas para desbloquear estradas;
Movimentos de massa: 45 deslizamentos de terra;
Inundações: 38 casos registados.
Trânsito condicionado e danos estruturais
As fortes rajadas de vento e a chuva intensa causaram graves perturbações no trânsito. A Ponte Vasco da Gama e a Ponte 25 de Abril tiveram restrições de velocidade devido aos ventos fortes. Além disso, um camião tombou na Ponte Vasco da Gama, provocando constrangimentos significativos na circulação.
Na rede ferroviária, os comboios enfrentam paralisações e atrasos, especialmente na Linha de Cascais, onde a queda de árvores danificou infraestruturas elétricas.
Impacto e previsões meteorológicas
O IPMA prevê que a situação meteorológica adversa se prolongue até sexta-feira, 21 de março, com precipitação acumulada entre 70 e 100 mm nas regiões Centro e Sul, podendo ser superior no litoral Centro. Nos pontos mais altos da Serra da Estrela, a chuva dará lugar a neve, com a cota a descer para 1.200 a 1.400 metros na sexta-feira.
Recomendações das autoridades
A Proteção Civil recomenda que a população tome medidas preventivas, incluindo a desobstrução de sistemas de escoamento, a fixação de objetos soltos e a adoção de precauções na circulação rodoviária. Além disso, a população deve acompanhar os avisos meteorológicos e evitar deslocações desnecessárias nas áreas mais afetadas.
A depressão Martinho continua a desafiar a resistência das infraestruturas e a segurança da população portuguesa, tornando essencial a adoção de comportamentos prudentes para minimizar os impactos da tempestade.