A Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM) e os sindicatos representativos do setor chegaram esta quarta-feira a um acordo salarial que prevê um aumento de 3,2% em todas as bases de remuneração. A medida, formalizada com o aval do Governo Regional da Madeira (coligação PSD/CDS-PP), representa um passo significativo na valorização dos trabalhadores do setor energético no arquipélago.
De acordo com a Secretaria Regional de Equipamentos e Infraestruturas, tutelada por Pedro Rodrigues, o acordo contempla ainda um reforço específico nas tabelas salariais mais baixas. Entre as tabelas 12 e 16, o aumento é fixado em 65 euros, uma medida justificada com a necessidade de melhorar as retribuições mais modestas e promover maior justiça salarial dentro da estrutura da empresa.
A negociação contou com a participação ativa dos principais sindicatos do setor com representação na Região Autónoma da Madeira, nomeadamente o Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Produção, Transporte e Distribuição de Energia Elétrica da RAM (STEEM) e o Sindicato da Energia Portugal (SINERGIA).
Pedro Rodrigues destacou, em comunicado oficial, o “esforço e empenho” de ambas as partes no processo negocial, sublinhando que se tratou de um “acordo equilibrado”, que salvaguarda o poder de compra dos trabalhadores e assegura condições laborais adequadas, sem colocar em risco a sustentabilidade financeira da EEM.
O secretário regional anunciou ainda a autorização para a implementação do Programa Pessoa, uma iniciativa estratégica que permitirá à EEM renovar os seus quadros técnicos e operacionais. Esta decisão surge no contexto das exigências associadas ao serviço público prestado pela empresa, que requer uma contínua adaptação tecnológica e uma estrutura de recursos humanos preparada para responder aos desafios do setor energético.
Este acordo insere-se num conjunto de medidas destinadas a reforçar a atratividade das carreiras na EEM e a garantir que a empresa continue a desempenhar um papel central na transição energética da Região Autónoma da Madeira.
A valorização dos trabalhadores e a estabilidade da empresa surgem, assim, como eixos centrais desta nova fase da política laboral da EEM, que, com este acordo, marca um momento de entendimento e compromisso entre administração e forças sindicais.