Uma embarcação com várias dezenas de migrantes a bordo deu à costa esta sexta-feira na Praia de Boca do Rio, na freguesia de Budens, em Vila do Bispo, no Algarve. A bordo do barco seguiam 38 pessoas (25 homens, seis mulheres e sete menores), adiantou a GNR em comunicado. A embarcação de madeira terá saído do Norte de África e, segundo adiantam algumas fontes, os migrantes serão de diversas nacionalidades dessa região do continente
A Autoridade Marítima Nacional e a Marinha Portuguesa anunciaram este sábado o reforço da vigilância e do controlo dos espaços marítimos, com ações de patrulhamento no mar e em terra junto à orla costeira do Algarve. A decisão surge após o desembarque de migrantes irregulares em Vila do Bispo, na última sexta-feira.
As autoridades adiantam que este reforço com ações de patrulhamento no mar e junto à orla costeira acontece “na sequência do desembarque de migrantes irregulares”, que ocorreu na sexta-feira, na costa algarvia.
Em comunicado enviado este sábado às redações, a Autoridade Marítima Nacional e a Marinha Portuguesa adiantam que “incrementaram de imediato a vigilância na região, através de um planeamento conjunto e coordenado de meios, com o objetivo de assegurar uma capacidade acrescida na deteção e interceção de embarcações que possam tentar aceder irregularmente ao território nacional por via marítima”.
As autoridades agradecem ainda “a colaboração da população, solicitando que contactem o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo ou o Comando Local da Polícia Marítima” caso sejam avistadas “embarcações suspeitas ou movimentações invulgares junto à costa portuguesa”.
Na sexta-feira, 38 migrantes desembarcaram na Praia de Boca do Rio, em Vila do Bispo, no Algarve. Chegaram numa embarcação de madeira e no grupo incluíam-se mulheres e crianças.
“Temos a presunção de que poderão ter a sua origem no norte de África, diretamente em Marrocos, uma vez que todos os cidadãos identificados são de nacionalidade marroquina”, afirmou o major Ilídio Barreiros, da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras da GNR. Segundo este mesmo responsável, estes migrantes fizeram uma travessia de “alguns dias”.
Estes migrantes chegaram frágeis e desidratados, a precisar de cuidados médicos, tendo-lhes sido feita uma avaliação clínica e sido fornecida água e comida.
Alguns desses migrantes foram transportados para o hospital de Faro, para serem assistidos, outros foram levados para o posto da GNR de Vila do Bispo.
Já este sábado, 31 dos 38 migrantes estão a ser ouvidos por um juiz no tribunal de Silves.