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Empate técnico entre coligações domina bocas de urna em Lisboa e Porto

As primeiras projecções à boca de urna dão conta de um empate técnico entre as coligações de esquerda e de direita em Lisboa e no Porto. Os resultados finais só poderão ser conhecidos quando forem escrutinadas as últimas freguesias desses municípios

Bocas de urna indicam incerteza no desfecho eleitoral

Nas estimativas feitas no fim da noite de domingo — imediatamente após o encerramento das mesas — as coligações de esquerda (lideradas pelo Partido Socialista e aliados) e de direita (lideradas pelo Partido Social-Democrata e partidos satélites) aparecem praticamente empatadas tanto em Lisboa como no Porto. A diferença apontada nas projecções provisórias é inferior à margem de erro, o que impede uma declaração antecipada de vencedor.

Em Lisboa, segundo sondagens divulgadas previamente, Carlos Moedas (coligação PSD/IL/CDS) liderava com cerca de 30 % das intenções de voto, com Alexandra Leitão (coligação de esquerda) logo atrás com 28 %. Em Porto, os inquéritos mais recentes colocavam Manuel Pizarro (PS) numa posição favorável, com 36 % das intenções de voto.

A incerteza criada pelas sondagens transpôs-se para as projecções eleitorais desta noite: nenhuma coligação conseguiu alargar uma vantagem que permitisse falar em vitória provável.

Campanhas: continuidades e tensões

Nas últimas semanas, as campanhas do PS e do PSD intensificaram-se, com forte presença mediática, debates e visitas aos bairros. Em Lisboa, o PSD procurou capitalizar o mandato anterior e apresentar renovação, enquanto a coligação de esquerda apostou numa narrativa de mudança, mobilizando os eleitores jovens e reforçando o apelo ao voto útil. Já no Porto, o PS centrou parte da estratégia no resgate da cidade, criticando o longo mandato independente de Rui Moreira, enquanto os social-democratas enfatizaram continuidade e estabilidade.

Para o PS, uma vitória em Lisboa ou no Porto confirmaria uma recuperação local e fortaleceria a influência partidária nos grandes municípios. Para o PSD, triunfar nos dois maiores centros urbanos significaria contrariar o predomínio histórico do PS nas grandes capitais e recuperar visibilidade nacional.

O que está em jogo nas grandes cidades

A importância simbólica destas vitórias é grande: Lisboa e Porto são vitrinas políticas onde decisões visíveis (urbanismo, transportes, habitação) influenciam a perceção nacional dos partidos. Quem vencer terá legitimidade ampliada e poder de mobilização em futuras eleições legislativas.

Contudo, em resultado de um empate técnico, tudo dependerá da última freguesia apurada, onde cada voto poderá decidir. O suspense manter-se-á até ao anúncio oficial da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Conclui-se que esta “longa noite” eleitoral reforça a tendência de crescente fragmentação partidária em Portugal e a volatilidade do eleitorado nos grandes municípios. Só com a totalização dos votos será possível confirmar se Lisboa e Porto ficam à esquerda ou à direita.

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