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Entendam-se senhores

Enquanto Luís Montenegro afirma que, em 100 dias, o seu Governo projetou o país “para décadas” e que a “cotação internacional” do país é “altíssima”, José Luís Carneiro diz que os primeiros 100 dias do Governo AD foram “um fracasso completo”. O líder dos socialistas apontou como exemplo desse “fracasso” a crise nas urgências de obstetrícia.

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, afirmou este domingo que os primeiros 100 dias do Governo da AD foram “um fracasso completo” e acusou o Executivo de Luís Montenegro de optar sistematicamente pela desresponsabilização. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, assinalou sábado os 100 dias do executivo e considerou, ao contrário do líder socialistas, que foram tomadas decisões que projetaram o país “para décadas” e enaltecendo a “cotação internacional altíssima” de Portugal.

“Nestes primeiros 100 dias, tomámos decisões essenciais para resolver os problemas concretos das pessoas e projetar o país para décadas. Somos um Governo reformista e humanista”, lê-se numa mensagem publicada pelo chefe do executivo PSD/CDS-PP na rede social X.

Já José Luís Carneiro, em declarações aos jornalistas em Braga, à margem da apresentação do candidato da coligação PS-PAN à Câmara local, apontou os problemas na saúde e na habitação como exemplos “do falhanço” do Governo.

“Fez sábado 100 dias do Governo de Luís Montenegro. E são 100 dias de um fracasso completo das políticas que tinha assumido para Portugal”, frisou.

“Prometeu resolver os problemas da saúde, hoje infelizmente tivemos as piores notícias em relação ao distrito de Setúbal, porque mais uma vez não há respostas de obstetrícia. Viemos mesmo a saber que a mortalidade infantil aumentou neste distrito, no distrito de Setúbal, e muito terá que ver, certamente, com a falta de respostas de obstetrícia e de ginecologia”, referiu.

Lembrou que propôs uma unidade de coordenação de emergência hospitalar para responder às mães que pretendem dar à luz em segurança e com previsibilidade, mas sem obter qualquer resposta do Governo

“Até hoje não sabemos onde é que ela foi colocada, julgo que não foi posta em prática, e hoje tivemos mesmo o bastonário da Ordem dos Médicos a dizer que é completamente inaceitável que o Governo continue numa área tão vital para a nossa vida coletiva sem uma resposta capaz”, acrescentou. Sobre a atribuição de culpas aos médicos tarefeiros, Carneiro disse: “É a desresponsabilização a que o Governo já nos habituou”.

“Morreram 11 pessoas no seguimento das falhas que ocorreram depois da greve no INEM e o Governo culpou toda a gente, desde o motorista, ao assistente operacional, ao assistente técnico, mas a ministra da Saúde é que não assumiu as suas responsabilidades, nem o primeiro-ministro. E o mesmo acontece agora também em Setúbal”, criticou.

Os incêndios deste verão foram outro exemplo de desresponsabilização apontado pelo líder do PS.

Governo projetou o país

Obviamente, Luís Montenegro tem uma posição diametralmente contrária. Aliás, Montenegro destaca que “cada pessoa e o futuro de todos” são o foco do Governo e enalteceu a “cotação internacional altíssima” do país, numa altura em que várias agências de notação financeira internacionais têm subido o ‘rating’ de Portugal.

“E acreditem, a nossa cotação internacional é altíssima, como acabo de comprovar no Oriente. Todos temos a responsabilidade de nos centrarmos no que é importante”, escreveu.

Esta sexta-feira, em Osaka, no final de dois dias de uma visita oficial ao Japão, o primeiro-ministro afirmou ter notícias de que estaria “por horas” a possibilidade de uma outra agência subir o ‘rating’ de Portugal, salientando que, 15 anos depois da ‘troika’, “Portugal é hoje um exemplo na Europa do ponto de vista financeiro”.

No mesmo dia, a agência de notação financeira Fitch subiu o ‘rating’ de Portugal de A- para A, com uma perspetiva estável.

Esta agência apontou vários motivos para subir a classificação de Portugal, como a redução contínua da dívida, uma posição orçamental equilibrada, défices reduzidos a partir de 2026, o aumento das exportações e um crescimento resiliente.

A Fitch juntou-se assim a outras agências de crédito, que têm subido o ‘rating’ de Portugal, como a DBRS, que avalia a dívida soberana em A (elevada) e a Moody’s em A3. A S&P melhorou a classificação de ‘A’ para ‘A+’, apenas seis meses após outra subida.

O XXV Governo Constitucional tomou posse a 05 de junho, 18 dias depois da vitória da AD — coligação PSD/CDS-PP nas legislativas de 18 de maio.

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