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Estação pública estreia novo canal RTP Notícias

A RTP convida a imprensa para visitar os novos estúdios de Informação já amanhã, Quinta-feira, 9 de Outubro, às 11h30, em Lisboa. Na conferência de imprensa será apresentado o novo canal de notícias que sucede à RTP3.

A administração e a Direcção de Informação da RTP abrirão as portas para revelar o “futuro da notícia em Portugal”, segundo o convite. O jornal 24Horas apurou que uma das primeiras decisões de Vítor Gonçalves, recentemente nomeado para suceder a António José Teixeira, será anunciar o nome do canal: RTP Notícias.

Uma fonte próxima da direcção adiantou ainda àquela publicação que “está tudo pronto. Estreamos na Segunda-feira”, referindo-se ao dia imediatamente a seguir às eleições autárquicas. Os responsáveis da estação consideram que o dia será “ser notícia” precisamente por esse motivo.

Contexto e audiências em queda da RTP3

A RTP3 é já vista como o canal de informação com menor audiência entre os principais operadores, embora mantenha um público regular. Segundo a agência Universal McCann, citada pelo ECO, a RTP3 regista consistentemente o menor share dos quatro principais canais informativos, mas com menor oscilação ao longo do tempo.

Dados recentes da medição de audiências da GfK referidos por fontes do 24Horas apontam para um share de apenas 1,2 % para a RTP3. Nesse dia, o canal ficou em último lugar entre canais de informação, atrás do Now (1,8 %), da SIC Notícias (1,8 %) e da CNN Portugal (2,2 %).

A RTP enfrentou uma trajectória de rebranding nessa área: o canal já foi RTPN (2004–2011) e RTP Informação (2011–2015) antes de assumir a designação RTP3 em Outubro de 2015. A história mostra que a marca “RTP Notícias” já esteve em cogitação no passado, mas chegou a ser descartada para evitar concorrência directa com o canal SIC Notícias.

Desafio editorial, data de estreia e consequências

O lançamento numa Segunda-feira, logo após as eleições autárquicas, revela uma aposta simbólica: estrear num dia de potencial efervescência noticiosa. A nova direcção aspira a recuperar relevância e fatia de audiência num mercado fortemente competitivo.

Em conferência amanhã, espera-se que sejam discutidos objectivos editoriais, investimento técnico e identidade programática. Entre os pontos em análise estarão quota de mercado esperada, estrutura de redacção e modelo de financiamento.

A mudança implica risco: reformular um canal há muito presente exige cativar novos públicos sem perder os que já acompanham a RTP3. A credibilidade, independência e rigor informativo serão factores decisivos para o sucesso.

A RTP, entidade pública sob contrato de serviço público, terá de justificar este investimento face à concorrência comercial e à evolução do panorama mediático português. As métricas de audiência e a recepção da classe jornalística e dos espectadores revelar-se-ão nos próximos meses como termómetro da operação

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