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Estudo da ACP revela queda na intenção de compra de carros elétricos: 59% dos inquiridos excluem a opção

Um estudo recente divulgado pelo Observatório do Automóvel Club de Portugal (ACP) mostra uma diminuição significativa na intenção de compra de carros elétricos por parte dos portugueses. A pesquisa, que abrangeu 1.200 inquiridos, revela que 59% dos participantes afirmam não ter interesse em adquirir um veículo elétrico, um aumento de 16 pontos percentuais em relação a 2023. Este dado contrasta com os 30% dos inquiridos que expressaram intenção de compra, uma queda de 17 pontos em comparação com o ano anterior.

De acordo com o estudo sobre mobilidade elétrica, a maioria dos portugueses que ainda não possui um carro elétrico demonstra preferência por marcas tradicionais no momento de escolher um novo veículo. Esta preferência chega a 48%, com um aumento de dois pontos percentuais em relação ao ano passado.

Além disso, quando questionados sobre o preço, cerca de metade dos inquiridos (51%) indicaram que estariam dispostos a investir entre 20.000 e 40.000 euros num carro elétrico. No entanto, quase metade (49%) apontou um teto máximo de 30.000 euros, o que limita a probabilidade de concretização da compra.

Em relação aos proprietários de carros elétricos, o estudo revelou que 82% dos inquiridos possuem o seu veículo há menos de cinco anos, sendo que dois terços destes percorrem mais de 400 quilómetros mensais. A maioria dos detentores de carros elétricos (60%) afirmou percorrer até 60 quilómetros por viagem, com apenas 7% a realizar viagens superiores a 90 quilómetros com frequência.

A autonomia dos veículos elétricos continua a ser um fator crucial para a adoção da tecnologia. 51% dos inquiridos que ainda não possuem um carro elétrico consideram essencial que a autonomia ultrapasse os 400 quilómetros para que se sintam confortáveis com a aquisição.

Por outro lado, a disponibilidade de postos de carregamento também foi analisada. A maioria dos participantes (54%) considera que encontrar um posto de carregamento é uma tarefa acessível, com 18% a qualificá-la como muito fácil ou fácil. Contudo, 27% relatam dificuldades, afirmando que é difícil ou muito difícil localizar um posto de carregamento.

No que se refere à forma como os veículos elétricos são carregados, 86% dos proprietários recorre à carga doméstica com uma frequência semanal, enquanto 44% utilizam postos públicos, pelo menos uma vez por mês.

Em paralelo, o estudo sublinha que 18 municípios estão a instalar novos postos de carregamento, uma medida que visa melhorar a acessibilidade e a infra-estrutura de mobilidade elétrica no país.

Este estudo do ACP revela, assim, uma ligeira estagnação na adoção de veículos elétricos em Portugal, refletindo a necessidade de resolver questões como o preço, a autonomia e a acessibilidade ao carregamento, se se pretende promover uma transição mais eficaz para uma mobilidade sustentável.

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