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EUA acusa Rússia de oferecer comida em troca de armas à Coreia do Norte

O porta-voz de segurança nacional dos EUA, John Kirby, denuncia que a Rússia vai enviar uma delegação à Coreia do Norte, num alegado acordo entre Moscovo e Pyongyang para oferecer comida em troca de armas, sublinhando que qualquer acordo de armas entre a Coreia do Norte e a Rússia violaria as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Esta não é a primeira vez que os EUA acusam a Coreia do Norte de fornecer materiais bélicos aos militares russos na Ucrânia e ao grupo Wagner de mercenários russos. Em dezembro do ano passado, especificamente, a Casa Branca disse que Pyongyang fez chegar um pacote que incluía foguetes e mísseis de infantaria ao mesmo grupo de mercenários. Pyongyang tem negado sempre.

Kirby disse que os EUA estão a monitorizar a situação e o suposto acordo de perto.
De acordo com Kirby, no centro deste novo esforço estará um cidadão eslovaco, que sofreu sanção nesta quinta-feira do Departamento do Tesouro dos EUA por negociar com a Coreia do Norte a compra de armas para a Rússia.

O porta-voz da segurança nacional americana disse que o homem, identificado como Ashot Mkrtychev, de 56 anos, natural de Bratislava, esteve a trabalhar na intermediação de venda de armas e de acordos de troca entre os dois países entre o final de 2022 e o início deste ano.

“Com o apoio das autoridades russas, Mkrtychev tem tentado intermediar um acordo secreto de armas entre a Rússia e a Coreia do Norte”, disse.

Em discussão estava a possibilidade de a Coreia do Norte enviar “mais de duas dúzias” de tipos de armas e munições para a Rússia, de acordo com o Tesouro dos EUA, que colocou o nome de Mkrtychev na sua lista negra de sanções. Em troca, acrescentou, Pyongyang poderia obter dinheiro, aeronaves comerciais, commodities e matérias-primas.

Kirby não precisou se algum acordo foi concluído nem detalhou as armas específicas envolvidas.

Ser colocado na lista de sanções do Tesouro isola Mkrtychev do sistema financeiro dos EUA e também coloca em risco qualquer pessoa que forneça apoio a Mkrtychev.

“A ação de hoje é uma mensagem clara de que os Estados Unidos não cederão em atacar aqueles que fornecem apoio à agressão da Rússia e à guerra brutal contra a Ucrânia”, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. “Continuaremos a identificar, expor e combater as tentativas russas de adquirir equipamento militar (da Coreia do Norte) ou de qualquer outro estado que esteja preparado para apoiar sua guerra na Ucrânia”, disse em comunicado.

Para além da Coreia do Norte, segundo o governo americano, as sanções à Rússia têm obrigado o Kremlin a recorrer a outros países com governo não democrático para ter acesso a armas. O Irão está na calha, com um alegado envio de armas para a Rússia, especificamente drones.

Também no passado mês de fevereiro, os Estados Unidos revelaram informações de inteligência de que a China estava a considerar enviar armas para a Rússia, embora essa troca ainda não tenha ocorrido. Pequim, por sua vez, negou essas acusações.

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