Kiernan Hughes-Mason, antigo jogador de futebol com passagens pelos escalões de formação do Arsenal e Tottenham, foi condenado a 14 anos de prisão após ser declarado culpado de ter agredido gravemente a enteada de dois anos, deixando-a com danos cerebrais severos. O caso chocou a opinião pública britânica e trouxe à luz a violência que a criança sofreu durante três meses.
A menina foi encontrada com um total de 17 ferimentos graves no rosto, peito, costas e pernas. Hughes-Mason alegou que os danos tinham sido causados por uma queda acidental sobre uma casa de bonecas, mas as lesões eram incompatíveis com essa explicação. Médicos e peritos forenses concluíram que as lesões eram semelhantes às causadas por “acidentes de alta velocidade” ou por uma “queda de grande altura”, o que levantou de imediato suspeitas sobre a veracidade do relato do jogador.
A gravidade dos ferimentos obrigou os médicos a induzirem a menina em coma durante duas semanas. Atualmente, a criança enfrenta uma batalha pela vida, sendo incapaz de falar e necessitando de ser alimentada através de uma sonda, além de cuidados médicos permanentes para lidar com as sequelas da agressão.
O desfecho do julgamento de Hughes-Mason, que agora terá de cumprir uma longa pena de prisão, encerra um dos casos mais perturbadores de violência infantil envolvendo uma figura pública no desporto inglês.