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Excedente Externo da Economia Portuguesa Cai para 535 Milhões de Euros em Janeiro

A economia portuguesa registou um excedente externo de 535 milhões de euros no início de 2025, uma diminuição de 397 milhões de euros em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP) e revelam uma alteração no equilíbrio das contas externas do país.

A redução homóloga do excedente deve-se ao aumento dos défices das balanças de bens e de rendimento primário, que foram parcialmente compensados pelo crescimento do excedente da balança de serviços.

Em janeiro, o défice da balança de bens subiu em 254 milhões de euros, refletindo um crescimento das importações superior ao das exportações. As importações aumentaram 302 milhões de euros, enquanto as exportações registaram uma subida de 49 milhões de euros.

Simultaneamente, o défice da balança de rendimento primário agravou-se em 223 milhões de euros, resultado da diminuição dos fundos atribuídos pela União Europeia, especialmente no que diz respeito aos subsídios.

Por outro lado, a balança de serviços apresentou uma melhoria significativa, com um excedente adicional de 322 milhões de euros. Este crescimento é sobretudo explicado pela evolução positiva do saldo nas áreas de viagens e turismo (com um aumento de 108 milhões de euros) e pelos outros serviços prestados por empresas, que também contribuíram de forma relevante para este desempenho.

Em termos de financiamento da economia, a balança financeira registou um saldo de 29 milhões de euros. Este valor reflete a capacidade de financiamento da economia portuguesa, sendo os principais responsáveis por este saldo os bancos e as administrações públicas, que aumentaram o investimento em títulos de dívida estrangeira e ampliaram os depósitos no exterior.

Em contraste, o Banco de Portugal foi o principal responsável pela redução dos ativos líquidos sobre o exterior, devido a um aumento de passivos em depósitos.

Este cenário reflete um equilíbrio mais complexo nas contas externas da economia portuguesa, com um desempenho misto nas várias componentes da balança de pagamentos.

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