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Farage Clama Colapso do Governo Trabalhista e Lança-se como Próximo Primeiro-Ministro: “Estamos à Beira da Vitória”

Farage acusa governo trabalhista de estar em colapso e garante proximidade de vitória nas próximas legislativas

O líder do Partido Reformista britânico, Nigel Farage, afirmou esta sexta-feira, em Birmingham, que o governo trabalhista está mergulhado numa crise profunda e declarou que o seu partido está cada vez mais próximo de conquistar o poder nas próximas eleições legislativas. Durante a abertura do congresso anual do partido, Farage fez duras críticas à actuação do executivo liderado por Keir Starmer, classificando-o como “tão mau quanto, se não pior”, do que os anteriores governos conservadores.

“Este governo está em profunda crise. Não só caiu em total impopularidade apenas um ano depois de ter vencido as legislativas, como demonstrou ser composto por pessoas completamente incompetentes para governar o nosso país”, afirmou o líder reformista perante os militantes, num discurso marcado por um tom combativo e triunfalista.

A intervenção de Farage surgiu momentos depois da vice-primeira-ministra, Angela Rayner, anunciar a sua demissão, na sequência da polémica em torno do pagamento reduzido de impostos na compra de uma casa. Para o líder do Reform UK, este episódio é revelador da “arrogância excessiva” do governo trabalhista.

“Estamos à beira da vitória”
Nigel Farage sublinhou o crescimento sustentado do partido e traçou um cenário optimista para as próximas eleições: “No meio do colapso destes dois partidos que dominaram a política britânica nas últimas décadas, emerge uma força nova, unida e determinada a defender os interesses do Reino Unido e do povo britânico.”

O político de 61 anos, conhecido pelo seu estilo informal e imagem próxima das classes trabalhadoras, comparou o crescimento do partido a uma “vaga azul-turquesa”, expressão usada para descrever o movimento em torno do Reform UK. “Estamos cada vez mais perto de vencer as próximas eleições legislativas”, garantiu.

Ascensão nas sondagens e aumento do número de militantes
Apesar de contar actualmente com apenas quatro deputados num parlamento com 650 assentos, o Partido Reformista tem registado uma subida consistente nas sondagens. Um inquérito recente da empresa Find Out Now, divulgado esta semana, coloca o partido com 32% das intenções de voto, à frente dos trabalhistas (19%) e dos conservadores (17%).
Este avanço traduz-se também num aumento expressivo do número de militantes.

Segundo dados divulgados pelo próprio partido, o Reform UK conta actualmente com cerca de 240 mil filiados, um número três vezes superior ao registado há um ano.

Nas eleições locais realizadas em maio, o partido conquistou 12 autarquias, reforçando a sua presença no poder local e cimentando a sua posição como alternativa viável aos partidos tradicionais.

Farage, o rosto do populismo britânico
Nigel Farage, antigo eurodeputado e fundador do UKIP, tem sido o rosto do populismo de direita no Reino Unido desde os anos 90. Apesar da sua formação em instituições privadas e percurso na banca, é visto como uma figura próxima do cidadão comum, em parte devido à sua presença frequente nos media, incluindo no canal conservador GB News, e à sua participação no programa televisivo “Sou uma Celebridade, Tirem-me daqui”, em 2023.

Nas redes sociais, em particular no TikTok, onde acumula mais de 1,3 milhão de seguidores, Farage conquistou uma base jovem e mobilizada, o que tem contribuído para amplificar a mensagem do partido.

Reforço de peso e ruptura no campo conservador
O congresso do partido arrancou sob o impacto da adesão de Nadine Dorries, antiga ministra da Cultura e uma das principais aliadas de Boris Johnson. A sua entrada simboliza uma cisão cada vez mais evidente entre os conservadores tradicionais e o Reform UK. “O Partido Conservador está morto”, declarou Dorries na rede social X, sublinhando a ideia de que o Reform UK passou a ser o verdadeiro representante da direita britânica.

Com as próximas legislativas previstas apenas para 2029, a estratégia de Farage passa por continuar a capitalizar o descontentamento popular, apresentando o seu partido como a única alternativa credível a um sistema político que, segundo o próprio, “já não responde aos anseios do povo britânico”.

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