Apresentação de livro polémico está a indignar pais e encarregados de educação. Habeas Corpus e ex-juiz Fonseca e Castro prometem marcar presença no evento, em Idanha-a-Nova.
Armindo Jacinto, presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, está ao lado da agenda progressista radical, que quer condicionar o livre desenvolvimento da personalidade dos cidadãos, introduzindo temas como a homossexualidade, a mudança de sexo ou a ideologia de género, junto de crianças de tenra idade, sem maturidade para lidar com este tipo de temáticas.
São estas as acusações que pendem sobre o autarca idanhense, desde que foi conhecido o programa da XXIV edição da Feira Raiana, que será inaugurada na próxima sexta-feira, dia 26 de Julho, em Idanha-a-Nova, e que compreende a apresentação do livro para crianças «Mamã, quero ser um menino».
Trata-se de uma obra de Ana Rita Almeida, com a chancela da editora Cordel de Prata, que narra a aventura da pequena Benedita no seu primeiro dia de escola.
Segundo a sinopse da obra, a pequena Benedita não é como as outras meninas. Sente-se diferente em tudo e identifica-se com um menino. Por se sentir diferente, Benedita tem receio de não ser aceite, e é esse afinal o verdadeiro desafio que vai enfrentar. Será que este sentimento de diferença irá impactar a pequena Benedita? Será que o amor é forte o suficiente para a fazer superar as diferenças? Eis questões que a autora da obra apresenta.
Bem diferentes destas perguntas, são aquelas que alguns pais se colocam, a propósito da oportunidade e objectivos que persegue este livro, supostamente infantil, mas que esconde uma agenda radical e extremista que quer «normalizar estas temáticas, até se infiltrarem no sistema educativo, nas bibliotecas, nas actividades lectivas, com a presença de pessoas travestidas nas escolas», conforme denuncia em comunicado enviado à redação de O Regiões um grupo de pais.
Questões igualmente diferentes das que levanta Ana Rita Almeida, são aquelas que coloca o ex-juiz Rui da Fonseca e Castro, que já veio a público pronunciar-se sobre a questão. Segundo o representante da Associação Habeas Corpus, existe uma agenda precisa que quer «formatar, condicionar e influenciar a personalidade nas nossas crianças». Para Rui da Fonseca e Castro, «estes autores e estas editoras querem condicionar o livre desenvolvimento da personalidade das crianças. E por isso nós, como cidadãos, como pais, como mães, estamos interessados em obter respostas destes autores. Queremos perceber porque razão pretendem comprometer o livre desenvolvimento da personalidade das crianças do nosso país, que está a ser desrespeitado por este tipo de conteúdos», afirma o ex-juiz em vídeo publicado na plataforma Youtube.
Justamente para colocar estas e outras questões, a Habeas Corpus e o ex-juiz querem estar em Idanha-a-Nova na apresentação do livro, no próximo dia 3 de Agosto, pelas 18:00, estando programada a saída de um autocarro gratuito de Lisboa, para transportar até Idanha-a-Nova os interessados em estar presentes na polémica apresentação.