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Francisco Assis denuncia “campanha organizada” no PS para impedir candidatura de António José Seguro

O eurodeputado socialista Francisco Assis acusou este domingo a existência de uma “campanha organizada” dentro do Partido Socialista (PS) com o objetivo de impedir a candidatura de António José Seguro às eleições presidenciais. Assis considerou inaceitável o tratamento a que o antigo secretário-geral do partido tem sido submetido, sublinhando que a sua imagem está a ser atacada de forma injustificada.

Na sequência de declarações feitas por Augusto Santos Silva, ex-presidente da Assembleia da República, que questionou a viabilidade de António José Seguro como candidato presidencial, Assis emitiu uma nota à agência Lusa onde criticou a postura de várias figuras do PS. Santos Silva afirmou, numa entrevista à RTP2, que Seguro não cumpria “os requisitos mínimos” para ser apoiado pelo PS e por um “vastíssimo campo de forças democráticas”, apontando que as suas intervenções se limitam a “banalidades”.

Apesar de não nomear diretamente os responsáveis por essas ações, Francisco Assis alertou para o facto de o debate dentro do PS estar a desvirtuar-se. “O debate democrático pressupõe o respeito por regras de civilidade mínimas, sob pena de se transformar numa lamentável troca de insultos e de acusações abjetas”, escreveu Assis, insistindo que é necessário um comportamento mais elevado e contido por parte dos responsáveis políticos.

O eurodeputado defendeu ainda que é legítimo não apoiar a candidatura de António José Seguro, mas que a forma como essa oposição tem sido expressa ultrapassa os limites da decência. “Parece estar em curso uma campanha devidamente organizada com um único intuito: impedir uma candidatura presidencial do António José Seguro. É legítimo não apoiar essa eventual candidatura, mas é inaceitável o modo como estão a tentar inviabilizá-la”, acusou.

Para Assis, António José Seguro é uma figura com “caráter”, uma qualidade essencial para o exercício de funções públicas, e um político que, ao longo da sua carreira, tem demonstrado virtudes que são necessárias na política atual. O eurodeputado sublinhou que Seguro nunca trocou as suas convicções por oportunidades, colocando sempre o interesse público acima das suas ambições pessoais.

A posição de Francisco Assis foi reforçada com a afirmação de que a maioria dos militantes e simpatizantes do PS respeitam e admiram António José Seguro, repudiando comportamentos que, segundo ele, atentam contra a tradição do partido.

O debate sobre a candidatura de António José Seguro ganhou ainda mais intensidade com as críticas de João Soares, antigo ministro e presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que se juntou à polémica. Soares utilizou as mesmas expressões usadas por Augusto Santos Silva para criticar Seguro, mas aproveitou a ocasião para atacar diretamente o ex-presidente da Assembleia da República. Em comentário publicado no Facebook, Soares afirmou que Santos Silva “mais uma vez, anuncia a sua candidatura às próximas eleições presidenciais” e que, na sua opinião, o ex-ministro não reúne as condições necessárias para ser um bom candidato a Presidente da República.

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