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Gaza: Arroz já chega aos 10 euros/quilo. Israel mata repórteres com míssil

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou que as forças armadas do país tomam já controlo da Cidade de Gaza para acelerar o fim do conflito com o Hamas, num movimento que intensifica os combates e agrava a crise humanitária na Faixa, segundo declarou ontem em conferência de imprensa

Netanyahu defende a medida como a via mais directa para eliminar os redutos do grupo armado. Assim, as tropas israelitas bombardearam zonas leste da cidade com maior intensidade nas últimas horas. Contudo, a ONU alerta que tal acção precipita o caos entre civis já exaustos. 

A fome extrema atinge milhares na região, onde alimentos da ONU acabam revendidos no mercado negro a preços exorbitantes, como vinte dólares por quilo de arroz. Mercadores cobram comissões de cinquenta por cento para trocas em efectivo, num facto que complica a sobrevivência diária, conforme relatam agências noticiosas. 

Mercado Negro Agrava Desespero em Gaza 

Palestinos recorrem a estes circuitos clandestinos porque bancos e caixas automáticas jazem destruídos. Portanto, o acesso a dinheiro torna-se uma batalha paralela à guerra. Fontes independentes, como a Reuters, confirmam que pacotes de ajuda aérea terminam nas mãos de revendedores por noventa euros cada. 

Netanyahu acusa a ONU de falhar na distribuição de stocks armazenados, afirmando que apenas os reféns israelitas sofrem privações reais. Por conseguinte, o Governo de Telavive insiste em que Israel facilita entradas de bens essenciais. No entanto, peritos internacionais contestam essa versão, apontando bloqueios persistentes. 

A situação evoca, para muitos observadores portugueses, o velho ditado de sete cães a um osso, onde a escassez fomenta disputas ferozes. Assim, civis equivalentes ao público de três estádios da Luz lutam por rações mínimas na Faixa, a cada 20 caixotes lançados pelo ar — normalmente por França, Itália e Alemanha.

Reconhecimentos Diplomáticos no Horizonte 

Greta Thunberg, activista sueca, prepara uma frota de auxílio humanitário rumo a Gaza, partindo de Espanha a trinta-e-um de Agosto. A iniciativa mobiliza activistas de mais de quarenta e quatro nações, visando romper o bloqueio israelita, segundo anunciou a própria nas redes sociais. 

Essa acção segue tradições de solidariedade marítima, semelhantes às campanhas portuguesas contra a fome noutros cantos do mundo. Contudo, Israel adverte que interceptará embarcações hostis. Portanto, o esforço destaca a pressão global sobre o conflito. 

A Austrália declarou que reconhecerá o Estado palestino na Assembleia Geral da ONU em Setembro, juntando-se a nações como França e Canadá. Nova Zelândia pondera idêntico passo, num gesto que isola cada vez mais Israel diplomaticamente, conforme agências como a Associated Press. 

Mortes de Jornalistas e Debates Filosóficos 

Esta manhã de Segunda-feira um ataque israelita matou cinco jornalistas da Al-Jazeera na Cidade de Gaza, incluindo Anas al-Sharif, elevando para seis o número de profissionais abatidos desde Domingo, segundo autoridades palestinas. Israel alega que Sharif integrava o Hamas, mas a cadeia noticiosa refuta veementemente. 

«O bombardeamento visou deliberadamente repórteres», declarou a direcção da Al-Jazeera em comunicado oficial, desde o Qatar. Assim, o Comité para a Protecção de Jornalistas exige inquérito independente. Por conseguinte, o incidente realça os perigos da cobertura bélica. Israel já proibiu a presença jornalística na Faixa de Gaza. 

Entretanto, o filósofo israelita-alemão Omri Boehm critica o conflito num ensaio recente, defendendo um universalismo radical onde nem Deus escapa à lei moral. Boehm questiona identidades grupais rígidas, promovendo a humanidade comum, conforme publicado no El País esta Segunda-feira. Boehm é um dos pensadores mais influentes da região. 

Reacções Internacionais 

O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se de emergência para condenar os planos israelitas, com embaixadores a apelarem ao cessar-fogo imediato. Israel mantém, porém, que prosseguirá até neutralizar ameaças, num facto que prolonga o sofrimento colectivo na região, segundo a Lusa. 

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