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GNR e PSP declaram guerra ao bullying nas escolas

A GNR registou mais de 100 crimes de ‘bullying’ no passado ano letivo. A violência “ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas esconde ou evita a denúncia da agressão”, alerta a GNR este domingo, Dia Mundial de Combate ao Bullying. A PSP, que tem a operação “Bullying é para fracos” a decorrer até 25 de outubro, registou no último ano letivo, 134 ocorrências criminais sinalizadas pelas equipas do Programa Escola Segura (EPES) relacionadas com situações de ‘bullying’ e 30 com casos de ‘cyberbullying’.

A GNR registou 103 crimes de ‘bullying’ no ano letivo de 2023/2024, dos quais 12 de ‘cyberbullying’, anunciou a força de segurança este domingo, Dia Mundial de Combate ao Bullying.

No âmbito da prevenção e do combate à violência, ofensas, ameaças e qualquer tipo de intimidação em contexto escolar, a GNR associou-se a este dia, “pela relevância que representa na vida das crianças e jovens”.

“A violência ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas esconde ou evita a denúncia da agressão sofrida, pelo que esta sensibilização é extensível aos pais, professores e funcionários pelos sinais de alerta que devem procurar denunciar e saber reconhecer, no contexto escolar e em ambiente familiar”, lê-se na nota da GNR.

A Guarda indicou que desenvolveu 1.960 ações de sensibilização relacionadas com o ‘bullying’, no ano letivo de 2023/2024, direcionadas para 71.866 crianças e jovens, maioritariamente em contexto escolar, tendo sido abrangidos 1.898 estabelecimentos de ensino público e privado, de acordo com dados provisórios.

No atual ano letivo, e até ao dia 17 de outubro, a GNR realizou 244 ações de sensibilização relacionadas com o ‘bullying’, tendo sido abrangidas 8.729 crianças, num universo de 236 estabelecimentos de ensino.

Bullying é para fracos

Por outro lado, a PSP está a realizar, até ao dia 25 de outubro, a operação “Bullying é para fracos” junto da comunidade escolar em todo o território nacional, promovendo ainda uma campanha nas redes sociais para aumentar o conhecimento sobre este fenómeno e fomentar a sua rejeição.

Em comunicado, a PSP explica que, no ano letivo 2023/24, nas mais de 2.900 ocorrências criminais registadas pelas equipas do Programa Escola Segura (EPES), 134 estão relacionadas com situações de ‘bullying’ e 30 com casos de ‘cyberbullying’.

A operação deste ano decorre até dia 25 de outubro e abrange os estabelecimentos de ensino do 1.º ao 3.º ciclos, assim como do ensino secundário, envolvendo crianças e jovens dos seis aos 18 anos de idade.

Além das ações de sensibilização junto da comunidade escolar – direcionadas para alunos, pais/encarregados de educação, professores e auxiliares – decorrerá uma campanha nas redes sociais com partilha de conteúdos sobre como identificar o fenómeno e ajudar as vítimas deste tipo de crime.

A PSP sublinha que a luta contra este fenómeno “não se cinge a uma data isolada nem a um grupo restrito de pessoas”, pois tem de ser “diária e constante” e a responsabilidade cabe a toda a comunidade.

O ‘bullying’ é um anglicismo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por uma ou mais pessoas no contexto de uma relação desigual de poder, causando dor e angústia na(s) vítima(s).

“Muitas crianças e jovens têm de lidar diariamente com este problema suscetível de interferir, de forma negativa e com grande impacto, no seu crescimento físico, emocional e psicológico”, explica a Polícia de Segurança Pública.

Cyberbullying

Num mundo cada vez mais digital, associado ao crescente recurso às novas tecnologias numa fase mais precoce da vida das crianças e jovens, o ‘bullying’ tem assumido novos contornos, nomeadamente no domínio das redes sociais, passando o fenómeno a chamar-se de ‘cyberbullying’.

Este tipo de vitimização poderá ocorrer durante bastante tempo até ser notado e/ou denunciado, uma vez que é passível de ocorrer de forma dissimulada ou de ser desvalorizado, contribuindo de forma significativa para a degradação do sentimento de segurança, especialmente no seio da comunidade escolar.

Além de aumentar o conhecimento sobre estes fenómenos, a operação da PSP pretende fazer crescer o sentimento de intolerância e de rejeição para com as práticas de bullying e fomentar a confiança nas capacidades das autoridades para intervir e lidar de forma eficaz com este problema.

Pretende ainda captar a atenção dos pais, educadores e outras testemunhas, aumentando a confiança na denúncia aos polícias da Escola Segura para ajudar a resolver o problema.

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