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Governo Admite Atrasos e Promete Conectividade Total nas Escolas para Manuais Digitais

O Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, reconheceu ontem os atrasos no projeto de digitalização nas escolas, mas garantiu que o Governo está a adotar medidas para assegurar a conectividade em todos os estabelecimentos de ensino. Durante a apresentação do projeto OliveCôa, realizada no Museu do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, o governante anunciou que foi recentemente aprovado, em Conselho de Ministros, um pacote de mais de 30 milhões de euros destinado à aquisição de dispositivos de ligação à internet, estando o concurso público internacional já em andamento

Governo Admite Atrasos e Promete Conectividade Total nas Escolas para Manuais Digitais
Foto: Jorge Amaral / Arquivo Global Imagens – Fernando Alexandre

O ministro sublinhou que a implementação da transição digital nas escolas não pode ser apenas uma promessa, mas sim uma realidade sustentada pelos recursos necessários. “Estamos muito comprometidos nesta matéria e não basta dizer que vamos fazer uma transição digital, sem antes garantir os recursos necessários para que isto aconteça de forma efetiva”, frisou Fernando Alexandre.

O projeto-piloto dos manuais escolares digitais, que entra na sua quinta fase no próximo ano letivo, já abrangeu cerca de 24 mil alunos em 103 escolas, mas o seu impacto na aprendizagem ainda não foi avaliado. Por este motivo, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação planeia encomendar um estudo de avaliação de impacto que será determinante para a decisão de continuidade do projeto a partir de 2025/2026.

Apesar do avanço do projeto, nem todas as escolas têm mostrado entusiasmo em aderir à transição digital. Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep), revelou que muitas escolas estão a recuar ou a suspender a expansão do projeto devido a falhas na ligação à internet e à falta de computadores para todos os alunos.

Esta situação também não agrada aos encarregados de educação. Um inquérito realizado pelo Movimento Menos Ecrãs, Mais Vida, em maio, indicou que mais de 80% dos pais estão insatisfeitos com a iniciativa dos manuais digitais. Mariana Carvalho, representante da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), destacou que, apesar das vantagens dos manuais digitais, as infraestruturas das escolas ainda não estão preparadas para suportar essa transição, mencionando a escassez de tomadas elétricas nas salas de aula e a falta de capacidade dos dispositivos para operar offline.

O projeto, que se iniciou em 2020/2021, durante a pandemia, tem evoluído de forma progressiva, mas a sua continuidade dependerá do sucesso na superação dos desafios técnicos e da aceitação por parte das escolas e das famílias.

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