Um homem de 46 anos foi detido na Covilhã por tentar incendiar a casa da ex-companheira, após ter aberto as botijas de gás da cozinha do apartamento. A intervenção da Polícia Judiciária (PJ) e de vizinhos evitou uma explosão.
O detido é suspeito de incêndio, violação de domicílio e maus-tratos a animal de companhia. Segundo a PJ, o homem actuou «num acto de vingança» por a vítima já o ter denunciado por violência doméstica. A mulher residia no mesmo apartamento onde ocorreu o incidente.
Segundo as autoridades, o arguido entrou na habitação em violação de uma medida judicial de afastamento e matou o gato da ex-companheira recorrendo a uma arma branca. Minutos depois, abriu as botijas de gás da cozinha, mas a rápida reacção dos vizinhos e o alerta imediato às forças policiais impediram que a situação se agravasse.
PJ evitou explosão iminente
Agentes do Departamento de Investigação Criminal da Guarda deslocaram-se de imediato ao local e detiveram o suspeito em flagrante. As botijas foram desligadas em segurança, evitando um incêndio ou deflagração que poderia ter colocado em risco o prédio e os moradores.
Conforme a investigação, o arguido já tinha antecedentes relacionados com violência doméstica e estava sujeito a uma medida de afastamento determinada por tribunal. O desrespeito dessa ordem agravou a gravidade dos factos agora imputados.
Vítima sob protecção
A ex-companheira não sofreu ferimentos, mas foi acompanhada por equipas especializadas de apoio a vítimas de violência doméstica. Fontes próximas do processo indicam que a mulher já tinha apresentado múltiplas queixas às autoridades por agressões anteriores.
O caso é acompanhado pelo Ministério Público de Castelo Branco, que abriu inquérito judicial para apurar em detalhe as circunstâncias. A PJ prossegue diligências para reunir prova material e testemunhal.
Tribunal decide medidas
O suspeito foi esta Quinta-feira presente ao Tribunal da Covilhã para primeiro interrogatório judicial. As medidas de coacção serão conhecidas nas próximas horas, podendo incluir prisão preventiva, face ao perigo de reincidência e à violação de medidas anteriores.
As autoridades reforçam que a denúncia precoce em casos de violência doméstica é essencial para prevenir escaladas de agressão. No episódio da Covilhã, a actuação conjunta de vizinhos e polícia foi determinante para evitar um desfecho trágico.