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Israel recupera corpos de dois reféns em Gaza após entrega do Hamas à Cruz Vermelha

Israel confirmou esta quinta-feira a transferência para a sua custódia dos corpos de dois reféns israelitas entregues pelo Hamas à Cruz Vermelha Internacional, na Faixa de Gaza. A informação foi avançada num comunicado conjunto do exército e da agência de segurança israelitas, que anunciaram que os caixões estão a caminho das tropas das Forças de Defesa de Israel (FDI) posicionadas no território.

“De acordo com informações fornecidas pela Cruz Vermelha, dois caixões com os corpos dos reféns falecidos foram transferidos para a sua custódia e estão a caminho das tropas das Forças de Defesa de Israel na Faixa de Gaza”, referiu a nota oficial.

Os corpos foram identificados como pertencentes a Amiram Cooper, de 85 anos, e Saher Baruch, de 25, ambos feitos reféns durante os ataques de 7 de outubro de 2023. O braço armado do Hamas, as Brigadas Ezzedine al-Qasam, afirmou ter recuperado os corpos esta semana num túnel situado em Khan Yunis, no sul de Gaza.

Segundo o grupo islamista, Cooper morreu durante o cativeiro, após 13 dias de buscas no subsolo. Fontes israelitas, citadas pelo jornal Yedioth Ahronoth, sustentam que o idoso poderá ter falecido quando o túnel colapsou na sequência de bombardeamentos israelitas, embora outras hipóteses apontem para execução direta pelos raptores.

O caso de Saher Baruch continua envolto em dúvidas. O exército israelita reconheceu, em janeiro de 2024, que o jovem morreu durante uma operação de resgate falhada, realizada a 8 de dezembro do ano anterior. As forças armadas admitiram não ter conseguido determinar se o refém foi morto pelo Hamas ou por fogo amigo.

Assim que os corpos cheguem às mãos das FDI, serão transferidos para o Instituto de Medicina Forense Abu Kabir, em Jafa, responsável pela identificação oficial e exames periciais.

Desde o início do cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro, o Hamas devolveu os restos mortais de 15 reféns, permanecendo 13 ainda por recuperar. O cessar-fogo, mediado por várias potências regionais, pretende consolidar o fim da guerra mais sangrenta e destrutiva entre Israel e o grupo militante palestiniano.

No entanto, as trocas de acusações e os incidentes recentes mostram que a trégua permanece frágil. O governo israelita denunciou esta semana novas ações hostis do Hamas, incluindo o alegado encobrimento da morte de um soldado israelita no sul da Faixa, episódio usado como justificação para uma nova vaga de bombardeamentos sobre Gaza.
Em incidentes anteriores, o Hamas entregou corpos que não correspondiam a reféns israelitas, o que agravou as desconfianças de Telavive sobre a boa-fé do grupo. O caso mais recente ocorreu na noite de segunda-feira, quando a milícia entregou restos mortais de uma pessoa que já havia sido retirada de Gaza em 2023.

O episódio reacende o debate em Israel sobre o futuro das negociações e sobre o preço humanitário da guerra, que já provocou dezenas de milhares de mortos e deixou vastas zonas de Gaza em ruínas.

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