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Jovem sofre choque eléctrico durante manifestação pró-Palestina em Lisboa

Um jovem de dezoito anos ficou ferido este sábado ao sofrer um choque de alta voltagem enquanto escalava uma carruagem, no Rossio, durante os protestos pró-Palestina e anti-Israel que se realizaram hoje em Lisboa e em outras cidades portuguesas

Centenas de manifestantes saíram esta tarde às ruas de Lisboa para expressar solidariedade com a Palestina e protestar contra as operações militares israelitas e a detenção de participantes da flotilha humanitária. O protesto, que começou no Martim Moniz e encaminhou-se para o Rossio, terminou sob tensão e com um ferido grave.

Às 15h30, já próximo da estação de comboios do Rossio, um jovem de dezoito anos escalou uma carruagem estacionada e fez contacto com condutores eléctricos de alta tensão. Sofreu queimaduras e entrou em paragem cardiorrespiratória, sendo socorrido no local por equipas do INEM e transportado para o Hospital de S. José, consciente. Fontes da PSP confirmam o incidente, mas ainda sem dados precisos sobre o estado clínico.

A manifestação tinha reunido entre quinhentas e mil pessoas, segundo estimativas da PSP, embora os organizadores refiram números mais elevados. Os protestos decorrem também noutras cidades, como Porto, Braga e Coimbra, onde grupos locais aderiram ao apelo pela paz e pelo fim do conflito.

Causas e motivações dos manifestantes

Os manifestantes apelam ao cessar-fogo imediato em Gaza, exigem o fim da ocupação israelita e perguntam pelo destino dos cidadãos portugueses detidos em embarcações com ajuda humanitária da flotilha Global Sumud. Em cartazes liam-se frases como «Palestina livre agora» e «Portugal não compadece com massacres».

Em Lisboa, alguns oradores lembraram recentes relatos de civis mortos, o bloqueio de infra-estruturas civis, o sofrimento humanitário e a alegada violação de direitos humanos. Citou-se ainda a expectativa de que o Estado português reconheça formalmente o Estado da Palestina.

Reações institucionais e policiamento

A PSP adoptou um dispositivo reforçado, com apoio da Brigada de Intervenção, controlou o acesso às linhas ferroviárias e evitou que manifestantes ocupassem plataformas. Em declarações à  agência “Lusa”, uma porta-voz afirmou: «A movimentação excedeu em muito o previsto e foi necessário garantir a segurança da circulação ferroviária e das pessoas».

O Ministério da Administração Interna ainda não se pronunciou oficialmente. Já o Ministério dos Negócios Estrangeiros emitiu uma nota apelando a manifestações pacíficas, ao respeito pela ordem pública e à liberdade de expressão, bem como ao cumprimento dos compromissos diplomáticos de Portugal no Médio Oriente.

Situação replicada noutras cidades

No Porto, cerca de quatrocentas pessoas concentraram-se junto à Praça da Liberdade, pedindo solidariedade com o povo palestiniano e condenando acções militares israelitas. Em Braga, grupos de jovens fizeram vigílias silenciosas à volta da Sé. Em Coimbra, estudantes da universidade organizaram pacatas manifestações, no Jardim Botânico local, exigindo mais ação diplomática de Portugal.

As autoridades locais garantem que não ocorreram detenções graves ou confrontos noutras cidades, embora em alguns casos tenha sido necessária intervenção policial para evitar bloqueios de vias principais.

Perspectivas e consequências

Especialistas contactados alertam que estas manifestações podem intensificar a pressão política sobre o governo para adopção de medidas diplomáticas mais firmes. O activismo nas redes sociais e nos meios universitários está a reforçar a visibilidade internacional do conflito.

Quanto ao jovem ferido, a prognose permanece reservada. A PSP informou que abrirá inquérito para apurar responsabilidades no incidente eléctrico e na gestão do protesto. Organizações de direitos humanos e associações estudantis apelam à responsabilização e ao reforço da segurança nas estações ferroviárias durante eventos públicos.

A comunidade internacional acompanha com atenção os desdobramentos em Portugal, enquanto as chamas do conflito no Médio Oriente continuam a mobilizar solidariedades globais e a suscitar divisões políticas profundas.

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