O projeto europeu “Cidadãos e Bibliotecas contra a Desinformação” (CLAD) lançou uma bolsa de 1.900 euros destinada a jovens jornalistas que se proponham a criar conteúdos focados no combate à desinformação. A iniciativa, que visa apoiar a produção de reportagens sobre este tema, destina-se a jornalistas emergentes com idades entre os 18 e os 30 anos e que possuam, pelo menos, dois anos de experiência em reportagens sobre desinformação, com uma abordagem transnacional.
Os tópicos abordados pela bolsa são diversos, abrangendo áreas como culturas minoritárias, identidade da União Europeia (UE), cultura urbana, habitação, saúde, bem-estar e questões ambientais. Os selecionados terão a oportunidade de desenvolver as suas investigações durante uma semana em Portugal ou na Eslováquia, com o apoio financeiro destinado a cobrir despesas de viagem, alojamento e pesquisa. Embora a estada seja de uma semana, a pesquisa e a finalização do conteúdo podem ser concluídas após esse período.
A candidatura está aberta até 30 de março e exige aos jornalistas interessados o envio de uma carta de motivação, pelo menos uma amostra de trabalho (escrita em português ou eslovaco), uma proposta de pesquisa, um plano de trabalho, um cálculo detalhado de custos e o currículo. Além disso, são exigidos bons conhecimentos de inglês, uma vez que a comunicação no projeto será maioritariamente nesse idioma.
Os critérios de seleção do financiamento incluem a relevância do tema proposto e a plausibilidade financeira das candidaturas. O projeto conta com a colaboração de várias bibliotecas portuguesas, como as de Grândola, Bragança, Castelo Branco, Santa Maria da Feira e Tavira, que desempenham um papel crucial na disseminação da informação e no apoio a esta importante causa de combate à desinformação.
A bolsa visa, portanto, apoiar o trabalho de jovens jornalistas empenhados na luta contra a desinformação, um fenómeno cada vez mais complexo e presente nas sociedades digitais contemporâneas.