Num tempo em que os territórios do interior enfrentam desafios profundos de despovoamento, estagnação económica e perda de identidade, emerge uma figura determinada a inverter o ciclo e a devolver esperança a um concelho tantas vezes esquecido. Vítor Carmona, natural do Fratel e herdeiro das raízes beirãs que moldaram a sua visão de mundo, apresenta-se como o rosto de uma nova ambição para Vila Velha de Ródão — um projecto de regeneração social, económica e cultural que pretende devolver ao concelho a dignidade de ser um território com futuro
Com uma formação académica em Relações Internacionais e um percurso pessoal e profissional marcado pela diversidade, pela liderança e pelo serviço à comunidade, Carmona transporta consigo a experiência acumulada em mais de 25 anos ao mais alto nível em sectores estratégicos como a Banca, o Retalho, os Serviços e as Telecomunicações. Mas é na ligação profunda ao território natal que encontra o verdadeiro motor da sua missão: transformar Ródão num espaço onde a qualidade de vida, a criação de oportunidades e o desenvolvimento sustentável coexistam de forma harmoniosa.
A sua proposta é clara e ambiciosa: aumentar em mais de 50% a população residente ao longo dos próximos oito anos, através de políticas de atracção de investimento, valorização dos recursos locais e reforço dos serviços públicos. Esta estratégia procura não apenas responder aos desafios do presente, mas preparar o concelho para um futuro mais coeso, mais dinâmico e mais justo.
Assente num pensamento estruturado e numa visão estratégica, o seu desígnio não é fruto de improviso, mas o resultado de uma análise rigorosa das potencialidades e necessidades do território. Apoiado em valores como a proximidade, a transparência, a participação cívica e a valorização das pessoas, Vítor Carmona apresenta-se como o catalisador de uma verdadeira libertação de Ródão — uma libertação do abandono, da resignação e da dependência, em favor de um novo ciclo de confiança, de pertença e de realização colectiva.
Em entrevista exclusiva ao jornal ORegiões, Vítor Carmona fala com clareza sobre os desafios que o concelho enfrenta, as soluções que propõe e o compromisso inabalável com um Ródão mais forte, mais vivo e mais preparado para o futuro.
Entrevista
ORegiões – O que o motivou a candidatar-se, pelo PSD, à Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão?
Vítor Carmona – A minha candidatura nasce da profunda convicção de que o concelho foi capturado por um poder centralizado, controlador e asfixiante. Vejo uma realidade quase pidesca, onde a denúncia e a fidelidade ao poder são recompensadas e o pensamento livre é esmagado. Isto não é Democracia. A minha missão é de libertação – das amarras ideológicas, dos medos, do compadrio. Quero devolver esperança à população, desde a criança com sonhos por cumprir até aos idosos que esperam por cuidados dignos. Todos merecem um futuro melhor.
ORegiões – Como avalia o desempenho dos executivos anteriores e o que pretende fazer de diferente?
Vítor Carmona – O PS governa o concelho há 24 anos. Os resultados falam por si: despovoamento, abandono e investimento concentrado apenas na sede do concelho. As freguesias definham. O meu compromisso é claro: descentralizar recursos e ouvir as pessoas. Não governarei de portas fechadas. O diálogo constante com os munícipes será regra, não excepção.
ORegiões – Qual considera ser a sua maior qualidade para liderar o município?
Vítor Carmona – A minha capacidade de lidar com pessoas. Ao longo de 25 anos, em Portugal e no estrangeiro, sempre deixei um legado de trabalho, honestidade e respeito. Baseio-me em três pilares: diálogo, confiança e competência. Estes valores aplicam-se à gestão de qualquer organização – e também à gestão autárquica.
ORegiões – O seu projecto político assenta no Centro-Direita. Quais são os princípios fundamentais que o orientam?
Vítor Carmona – Acredito numa sociedade civil forte, num Estado que apoie mas que não sufoque. Defendo a meritocracia, a iniciativa privada, a inovação e a educação como motores de progresso. O Estado deve proteger os mais frágeis, mas sem desvalorizar o mérito. Quero transformar Vila Velha de Ródão num exemplo nacional de desenvolvimento equilibrado.
ORegiões – Quais serão as suas três prioridades imediatas se for eleito?
Vítor Carmona – Em primeiro lugar, a Habitação. Sem uma política arrojada, não conseguimos fixar população. Em segundo, a Atracção de Investimento, com condições favoráveis para empresas novas e apoio efectivo aos pequenos empresários locais. Em terceiro, o Apoio Social, sobretudo para a terceira idade, que representa 70% da população. Também considero a Segurança uma prioridade crescente, com soluções novas e concretas.
ORegiões – Como pretende compatibilizar crescimento económico e preservação ambiental?
Vítor Carmona – O concelho vive o paradoxo da indústria pesada ao lado de paisagens naturais deslumbrantes. Ambas têm de coexistir. Quero envolver as empresas, a comunidade e o Governo numa nova abordagem, mais transparente e participativa, para garantir equilíbrio e sustentabilidade.
ORegiões – Quais são os maiores desafios do concelho?
Vítor Carmona – A desertificação e a crise habitacional são os maiores. Daí a meta ambiciosa de aumentar a população em mais de 50% em oito anos. Mas também destaco o apoio aos idosos, o turismo sustentável, os transportes e a revalorização do património natural e cultural.
ORegiões – Que estratégia propõe para dinamizar a economia local e gerar emprego?
Vítor Carmona – A dinamização económica exige escuta activa aos empresários e políticas municipais orientadas para o crescimento. O turismo, a restauração e a hotelaria são sectores-chave. Quero eliminar o divórcio entre o poder político local e os empresários, criando sinergias que resultem em emprego qualificado e duradouro.
ORegiões – Que medidas pretende implementar para atrair e fixar jovens?
Vítor Carmona – Duas condições são essenciais: habitação e emprego. Temos de aproveitar a nova visão sobre o Interior e coordenar políticas locais com programas nacionais como o PRR. Só assim poderemos inverter o ciclo de declínio e criar um território atractivo para os mais jovens.
ORegiões – Como avalia os seus adversários políticos?
Vítor Carmona – Até ao momento, apenas o PSD apresentou candidatura. Por isso, não há adversários para avaliar. Mas antevejo uma eleição muito renhida. Temos uma candidatura forte, com uma equipa competente e uma visão clara para o concelho. Acredito que os eleitores saberão reconhecer isso.
ORegiões – Como concilia a vida familiar com as exigências da política?
Vítor Carmona – Tenho a sorte de ter uma família que me apoia incondicionalmente. A minha mulher viaja muito e os meus filhos ainda dependem de mim. O equilíbrio é difícil, mas é uma prioridade. Sempre fui um pai e marido presente e pretendo continuar a sê-lo.
ORegiões – Que valores e experiências da sua vida considera essenciais para exercer este cargo?
Vítor Carmona – Sou um homem do campo. Cresci entre a cidade e as aldeias dos meus avós, onde aprendi o valor do trabalho e da simplicidade. Nunca esqueci as minhas raízes humildes. Essa autenticidade sempre me guiou, quer na vida pessoal, quer profissional. E guiará também a minha presidência.
ORegiões – Caso não vença, continuará envolvido na política local?
Vítor Carmona – Sem dúvida. Estarei presente como vereador e líder do PSD em Vila Velha de Ródão. A luta pelo desenvolvimento do concelho não depende apenas de um cargo, mas da vontade de servir. E essa vontade é inabalável.
Com um percurso pessoal enraizado no território e uma carreira profissional marcada pela liderança, Vítor Carmona apresenta-se como o rosto da renovação em Vila Velha de Ródão. A sua candidatura assenta numa visão estruturada, ambiciosa e profundamente humana, alicerçada em valores de justiça social, mérito e proximidade. A promessa não é apenas mudar, mas transformar. O desafio está lançado. A decisão, como sempre, está nas mãos dos rodenses.