Segunda-feira,Janeiro 20, 2025
7.3 C
Castelo Branco

- Publicidade -

LINHÓ: Greve dos Guardas Prisionais do Linhó atinge 100% de adesão por falhas de segurança

O primeiro dia de greve dos guardas prisionais no Estabelecimento Prisional do Linhó, em Cascais, registou uma adesão total nos três turnos, conforme comunicado do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP). A paralisação, convocada por motivos de falta de condições de segurança, cumpriu os serviços mínimos decretados, permitindo aos reclusos duas horas de pátio e visitas de familiares, embora com restrições quanto ao acesso a sacos com alimentos e roupas.

Frederico Morais, presidente do SNCGP, afirmou à Lusa que a adesão dos profissionais foi unânime, e destacou que a greve pode prolongar-se até 28 de fevereiro, caso as reivindicações do sindicato não sejam atendidas. Entre as exigências, encontra-se a melhoria das condições de segurança, um problema que se tem vindo a agravar no estabelecimento prisional, com registo de agressões a membros do Corpo da Guarda Prisional. A paralisação sucede outra que teve lugar entre 6 de dezembro de 2024 e 10 de janeiro, período durante o qual, segundo a Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso (APAR), os reclusos foram mantidos em confinamento nas celas durante 23 horas diárias, sem atividades como aulas ou trabalho.

O líder sindical informou ainda que o SNCGP está a preparar uma queixa-crime contra a diretora da prisão do Linhó, acusada de tentar alterar os termos dos serviços mínimos na véspera do início da greve, através de alegadas ameaças de processos disciplinares aos guardas prisionais que não cumprissem a nova imposição. Em resposta às acusações do sindicato, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) recusou comentar os números de adesão à greve, limitando-se a não fazer declarações sobre a questão.

A greve foi convocada em resposta à “contínua falta de condições de segurança” na prisão, um problema identificado nas reuniões entre o SNCGP e os responsáveis da DGRSP, que não resultaram em ações concretas. Para tentar resolver a situação, foi agendada uma reunião entre o sindicato e a DGRSP para segunda-feira, com o objetivo de alcançar um consenso e, se possível, desconvocar a greve, restabelecendo a normalidade no estabelecimento prisional. Caso contrário, a paralisação poderá prolongar-se por mais tempo.

A greve no Linhó, que atinge 100% de adesão, reflete a crescente preocupação dos profissionais de segurança prisional com a sua própria segurança e com as condições de trabalho no sistema penitenciário português.

- Publicidade -

Não perca esta e outras novidades! Subscreva a nossa newsletter e receba as notícias mais importantes da semana, nacionais e internacionais, diretamente no seu email. Fique sempre informado!

Partilhe nas redes sociais:

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques

- Publicidade -

Artigos do autor

Confraria Dos Caminhos