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Lisboa vai continuar sem maioria na Câmara

Alexandra Leitão e Carlos Moedas em empate técnico, com vantagem para a candidata da esquerda. A mais recente sondagem da Universidade Católica para a RTP e Público, coloca os dois principais candidatos a Lisboa separados por apenas dois pontos percentuais com 30% das intenções de voto para Alexandra Leitão e 28% para Carlos Moedas. O mesmo diz a sondagem do ICS/ISCTE para o Expresso/SIC. Ou seja, o social-democrata e a socialista são os únicos com possibilidade de serem eleitos presidente da Câmara. Chega e CDU a 15 e a 23 pontos de distância.

As mais recentes sondagens sobre Lisboa — com Carlos Moedas e Alexandra Leitão em empate técnico — vieram dar ânimo ao líder do PS. “Há três meses, há seis meses, ninguém diria que o PS e a Alexandra Leitão estariam nesta posição, que dá a hipótese de o PS ganhar a câmara municipal. E isso, desse ponto de vista, é um avanço muito significativo em relação à posição que tínhamos há três meses”, afirmou José Luís Carneiro esta quinta-feira, em Vendas Novas, comentando a sondagem do ICS/ISCTE que dá empate técnico entre os candidatos de PSD e PS à capital.

De acordo com a sondagem da Católica para a RTP, Antena 1 e Público, Alexandra Leitão e Carlos Moedas estão praticamente empatados, com uma ligeira vantagem para a candidata da coligação liderada pelo PS. O que quer dizer que está tudo em aberto na corrida à Câmara de Lisboa

A candidata do PS, Livre, Bloco de Esquerda e PAN, Alexandra Leitão, tem 36% das intenções de voto. O atual presidente, Carlos Moedas, que encabeça a coligação PSD, CDS e Iniciativa Liberal surge logo de seguida com 35% das intenções de voto.

A diferença é mínima e traduz-se num empate técnico por se encontrar dentro da margem de erro. A hipótese de uma maioria absoluta parece estar, assim, afastada na Câmara da capital.

O Chega surge como terceira força política (12%) e a CDU como quarta (8%). A quinta força política nesta sondagem é a “Democrática Aliança – Coligação PPM/PTP”. “Este é um resultado que causa surpresa e merece ser destacado”, lê-se no relatório, que ressalva que pode ser consequência de um engano dos participantes que fizeram confusão entre “Democrática Aliança” e “Aliança Democrática”.

Caso tenha sido engano, o CESOP- Católica diz que “a ordem dos lugares cimeiros desta sondagem será a inversa”, uma vez que a maioria destes eleitores votou AD nas legislativas.

“Em qualquer dos casos o resultado desta sondagem (empate entre Leitão e Moedas) mantém-se”, sublinha o relatório.

A distribuição de intenções de voto desta sondagem levaria a que as coligações “Viver Lisboa” e “Por ti, Lisboa” obtivessem entre seis a oito mandatos. O Chega elegeria dois vereadores e a CDU ficaria muito provavelmente com um, com a possibilidade de chegar a dois.

Quando questionados sobre quem acham que vai ganhar a corrida à Câmara de Lisboa, os entrevistados não são tão indecisos e a maioria (51%) concorda que será Carlos Moedas. Apenas 19% votou em Alexandra Leitão.

“Suficiente” a Moedas

A maioria dos inquiridos nesta sondagem (42%) avaliou este último mandato de Carlos Moedas na Câmara de Lisboa como “suficiente”.Vinte e dois por cento avaliaram como “mau”, 19% como “bom” e apenas dois por cento como “muito bom”.

Os resultados permitem concluir que eleitores com intenção de voto na coligação liderada pelo PS e eleitores que tencionam votar CDU manifestam avaliação média claramente negativa relativamente ao mandato de Moedas.

“Eleitores que tencionam votar na coligação liderada pelo PSD têm uma avaliação média idêntica à avaliação média dos eleitores da Democrática Aliança, o que reforça a hipótese de engano dos inquiridos”, sublinha o relatório.

Em relação à atuação do presidente da Câmara de Lisboa no caso do acidente com o elevador da Glória, os inquiridos mostram-se divididos: 33% considera que Carlos Moedas “esteve bem” e 32% que “esteve mal”. Dezasseis por cento consideram que Moedas esteve “muito mal” e apenas 4% considera que esteve “muito bem”.

Por sua vez, questionados sobre a atuação de Alexandra Leitão neste mesmo caso, a maioria (36%) disse não saber responder e 27% respondeu que “esteve bem”.

A sondagem também questionou os lisboetas sobre quais os principais problemas da cidade. Sem surpresas, 70% dos entrevistados indicam que a habitação é o principal problema de Lisboa.

A higiene urbana destaca-se como o segundo problema mais vezes referido, seguindo-se a imigração, a saúde e a mobilidade.

Segundo as sondagens, o dia 3 de setembro, marcado pelo trágico acidente com o histórico ascensor da Glória, parece ter um impacto limitado quer nas intenções de voto para as eleições autárquicas em Lisboa quer na avaliação dos principais protagonistas. Carlos Moedas tem uma desvalorização na avaliação feita pelos eleitores em algumas características, como a honestidade ou a simpatia, mas há notícias que não são negativas para o autarca: um terço considera que a sua atuação foi “nem boa nem má” e outro terço considera que esteve “bem” ou “muito bem”.

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