Quarta-feira,Outubro 29, 2025
11.4 C
Castelo Branco

- Publicidade -

Lula da Silva chocado com 132 mortos em megaoperação no Rio de Janeiro e exige explicações sobre ação sem aval federal

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ficou “estarrecido” com o número de mortos resultante da megaoperação policial desencadeada na terça-feira, 28 de outubro, em dois complexos de favelas do Rio de Janeiro, dirigida contra o grupo criminoso Comando Vermelho

A informação foi confirmada esta quarta-feira pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que revelou a reação do chefe de Estado. “O Presidente ficou estarrecido com o número de ocorrências fatais e também se mostrou surpreso por uma operação desta envergadura ter sido desencadeada sem conhecimento do Governo Federal, sem qualquer possibilidade de o Governo participar de alguma forma”, afirmou o ministro em conferência de imprensa em Brasília.

Segundo a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, o número de vítimas mortais aumentou para 132, após a descoberta de cerca de 60 corpos adicionais em áreas controladas por facções criminosas. A operação, considerada uma das mais letais da história recente do país, envolveu polícias militares e civis e foi lançada com o objetivo de desmantelar estruturas do Comando Vermelho.

Até ao momento, as autoridades estaduais justificaram a ação como uma resposta à escalada de violência e ao domínio armado de comunidades inteiras por grupos de tráfico. No entanto, organizações de direitos humanos e instituições públicas exigem transparência e responsabilização, questionando a proporcionalidade do uso da força e a ausência de coordenação com o Governo Federal.

Lula da Silva, que ainda não se pronunciou oficialmente, encontrava-se a regressar de uma visita oficial de uma semana à Ásia no momento em que a operação teve início. Fontes próximas da Presidência indicam que o tema deverá dominar as próximas reuniões do Executivo, com o Palácio do Planalto a solicitar relatórios detalhados às forças de segurança e ao Governo do Estado do Rio de Janeiro.

A magnitude da operação e o elevado número de mortos provocaram forte repercussão nacional e internacional, com diversas entidades a classificarem o episódio como um massacre. O Conselho Nacional de Direitos Humanos já anunciou a abertura de uma investigação independente.

Este é mais um capítulo na longa e complexa história da violência urbana no Rio de Janeiro, onde sucessivas operações policiais têm deixado um rasto de vítimas civis, levantando dúvidas sobre a eficácia das políticas de segurança pública e o respeito pelos direitos fundamentais.

- Publicidade -

Não perca esta e outras novidades! Subscreva a nossa newsletter e receba as notícias mais importantes da semana, nacionais e internacionais, diretamente no seu email. Fique sempre informado!

Partilhe nas redes sociais:

Destaques

- Publicidade -

Artigos do autor