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Macron apela a uma abordagem realista da Ucrânia sobre as questões territoriais

Emmanuel Macron, Presidente francês, defendeu esta segunda-feira que a Ucrânia deve adotar uma abordagem realista nas discussões sobre as questões territoriais, considerando que apenas os próprios ucranianos podem liderar esse processo. O apelo foi feito durante a conferência anual de embaixadores franceses no Palácio do Eliseu, onde o chefe de Estado delineou as principais linhas de política externa para o seu país.

Macron sublinhou a importância de uma reflexão profunda por parte da Ucrânia, especialmente num momento em que a guerra, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022, está a atingir uma fase crítica. A Rússia, que ocupa atualmente cerca de 20% do território ucraniano, continua a avançar em várias regiões, especialmente no leste da Ucrânia, o que torna ainda mais difícil encontrar uma solução para o conflito.

“O que está em jogo para a Ucrânia é decisivo e a forma como se posicionam em relação às questões territoriais será fundamental para o futuro do país”, afirmou Macron. O líder francês reconheceu a complexidade da situação e afirmou que a solução para o conflito não será rápida nem fácil. Contudo, enfatizou que a Ucrânia deve ser quem conduza o diálogo sobre os seus territórios, dado que são eles quem mais têm a perder.

Macron também destacou a necessidade de criar garantias de segurança para a Ucrânia, considerando que o apoio europeu deve ser mais robusto, com o envolvimento dos Estados Unidos da América para convencer a Rússia a aceitar negociações. O Presidente francês frisou ainda que o Ocidente não pode ceder ao “cansaço” do conflito, uma vez que a credibilidade da aliança transatlântica seria profundamente afetada.

No contexto internacional, Macron afirmou que a “credibilidade” do Ocidente seria “abalada” caso se aceitassem compromissos prematuros ou se houvesse sinais de fraqueza devido à duração prolongada da guerra. A capitulação da Ucrânia não beneficiaria nem os europeus nem os norte-americanos, alertou o líder francês, que ainda afirmou que até o ex-Presidente norte-americano, Donald Trump, reconhece que uma derrota da Ucrânia não traria ganhos para os Estados Unidos.

Em relação às negociações com a Rússia, o Kremlin continua a exigir da Ucrânia a rendição das armas e a cedência de territórios ocupados, incluindo as regiões de Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporijia, além da península da Crimeia, anexada em 2014. Estas exigências são consideradas inaceitáveis por Kiev, que continua a receber apoio militar e financeiro de seus aliados ocidentais, assim como sanções económicas contra a Rússia, como parte da estratégia para enfraquecer a capacidade de Moscovo de financiar a guerra.

O conflito, que está quase a completar quatro anos, continua a ser um desafio complexo para o Ocidente, enquanto a Ucrânia se prepara para enfrentar um possível novo ciclo de desafios, com expectativas de ações decisivas por parte de Donald Trump após a sua posse, a 20 de janeiro. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e a sua equipa esperam decisões cruciais que possam determinar o futuro do apoio dos Estados Unidos e das alianças internacionais.

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