O Presidente de França, Emmanuel Macron, será recebido na Assembleia da República, no próximo dia 27 de fevereiro, com honras de Estado, mas sem a tradicional sessão de discursos em plenário, como inicialmente previsto. A alteração foi anunciada esta quarta-feira pelo porta-voz da conferência de líderes parlamentares, o deputado social-democrata Jorge Paulo Oliveira, que explicou que a decisão resulta de “condicionamentos” no programa “muito intenso” da visita de Estado do chefe de Estado francês a Portugal.
A cerimónia de boas-vindas, que incluirá momentos de grande formalidade e simbolismo, será uma cerimónia solene, distinta de uma sessão solene, e está em conformidade com o Protocolo de Estado para a receção de chefes de Estado estrangeiros. Durante o evento, Macron será cumprimentado no Salão Nobre da Assembleia da República e terá um encontro com as delegações, mas sem intervenções formais.
Inicialmente, estava previsto que o Presidente francês encerrasse a sua visita ao Parlamento com um discurso em plenário, após intervenções do Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e dos representantes dos grupos parlamentares. No entanto, a alteração para uma cerimónia sem discurso é uma adaptação às exigências da agenda apertada de Macron.
Esta mudança marca uma diferença significativa em relação a visitas anteriores de Presidentes de França a Portugal, como as de François Mitterrand, Jacques Chirac e Giscard d’Estaing, que sempre incluíram sessões solenes com discursos no parlamento. A nova abordagem, no entanto, mantém as honras de Estado e o protocolo habitual para tais visitas.
