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Macron Recusa Demitir-se Apesar de Pressões: “Cumprirei o Mandato até ao Fim”

Macron rejeita demissão perante nova crise política e garante que continuará até 2027

O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que não irá demitir-se, apesar da grave crise política que se instalou em França. A extrema-direita e a esquerda radical exigem a sua saída imediata e a convocação de eleições presidenciais antecipadas. Macron rejeitou categoricamente essa possibilidade e garantiu que cumprirá até ao fim o mandato que lhe foi confiado.

“O mandato que me foi confiado pelos franceses e por ninguém mais é um mandato que exercerei até ao fim, de acordo com o compromisso que assumi com o povo francês”, declarou o chefe de Estado francês, durante um encontro com o chanceler alemão, Friedrich Merz, na cidade de Toulon, no sul de França.

A tensão política aumentou nos últimos dias com o anúncio de uma moção de confiança ao Governo, agendada para 8 de Setembro. O primeiro-ministro, François Bayrou, tenta reunir apoios suficientes para viabilizar o plano de poupança de 44 mil milhões de euros previsto para 2026. O fracasso dessa moção poderá abrir caminho a uma nova crise institucional, num país ainda a recuperar das turbulências de 2024.

A União Nacional, liderada por Marine Le Pen, e a França Insubmissa, de Jean-Luc Mélenchon, acusam Emmanuel Macron de ser o principal responsável pelo impasse actual. Ambas as forças políticas exigem a sua renúncia imediata e a realização de eleições presidenciais, apesar de o actual mandato só terminar em 2027. Juntas, representam a primeira e a terceira maiores bancadas no Parlamento francês, respectivamente.

Macron, por sua vez, rejeitou ceder à pressão das forças que “foram repetidamente derrotadas nas urnas”. Para o Presidente, a legitimidade democrática obtém-se através do voto popular e não de exigências partidárias. “A democracia consiste em as pessoas irem votando para um determinado mandato (…) independentemente do que outras pessoas pensem, incluindo aquelas que foram repetidamente derrotadas nessas mesmas eleições”, afirmou.

Embora recuse a demissão, Macron reconheceu a necessidade de diálogo entre os diferentes actores políticos e apelou à responsabilidade de todos os partidos. “É possível encontrar formas de chegar a um acordo, apesar das diferenças”, disse. No entanto, para já, a oposição mantém-se unida contra Bayrou, prometendo chumbar a moção de confiança.

Caso o Governo de François Bayrou caia, Macron poderá optar por duas soluções constitucionais: dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições legislativas antecipadas – as segundas em menos de um ano e meio – ou nomear um novo primeiro-ministro. Qualquer um dos cenários exigirá uma maioria parlamentar, num contexto profundamente fragmentado e marcado por vetos cruzados entre os partidos.

O futuro político de França permanece incerto, mas Macron deixou claro que não tenciona abandonar o cargo antes do fim do seu mandato, reafirmando o compromisso com o voto popular que o elegeu.

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