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Miguel Carvalho critica vandalização de cartazes do livro sobre o Chega

O jornalista e escritor Miguel Carvalho denunciou esta segunda-feira que vários cartazes de promoção do livro Confidencial — Por Dentro do Chega foram vandalizados em diversas ruas de Lisboa, atribuindo o acto a «uma certa rapaziada» que, segundo afirma, anda «entretida a rasgar» a publicidade à obra.

Autor reage com ironia nas redes sociais

A denúncia foi feita através da rede social Linkedin, onde Miguel Carvalho, com recurso a ironia, sugeriu que os responsáveis poderiam antes «colar cartazes como se não houvesse amanhã» em vez de os arrancarem. A crítica surge menos de duas semanas após a apresentação oficial do livro, realizada em 21 de Setembro, em Lisboa.

Segundo o autor, a vandalização repete-se em diferentes locais da capital, onde foram afixados materiais de promoção. Embora não tenha identificado autores concretos, Miguel Carvalho considerou o episódio sintomático do ambiente de intolerância que, na sua perspectiva, rodeia o debate político em Portugal.

Obra resulta de cinco anos de investigação

Confidencial — Por Dentro do Chega reúne mais de setecentas páginas resultantes de cinco anos de investigação jornalística conduzida por Miguel Carvalho enquanto repórter da revista Visão. O trabalho reúne testemunhos de ex-dirigentes e de actuais militantes do partido liderado por André Ventura.

O livro descreve alegadas práticas irregulares com o objectivo de consolidar poder dentro da estrutura partidária. Entre os episódios relatados encontram-se gravações clandestinas, campanhas de difamação contra jornalistas e até a suposta preparação de uma fuga para Marrocos por parte do líder do Chega, num cenário de eventual colapso político.

Contexto político e mediático

O lançamento do livro coincide com um período de forte crescimento eleitoral do Chega, que tem reforçado a sua presença no Parlamento e aumentado a pressão sobre os partidos tradicionais. A obra questiona os métodos internos da direcção e sugere que a narrativa populista do partido é usada como ferramenta de mobilização, sobretudo entre os eleitores mais jovens.

Na edição pré-publicada pelo jornal Público, Miguel Carvalho reflecte ainda sobre o papel do jornalismo na era da pós-verdade, sublinhando os desafios da profissão num ambiente marcado pela crise de confiança e pela disseminação de desinformação.

Reacções aguardadas

Até ao momento, o partido Chega não reagiu publicamente às denúncias de vandalização dos cartazes nem ao conteúdo do livro. Miguel Carvalho garante que continuará a apresentar a obra em sessões públicas, afirmando que «a liberdade de expressão não se rasga nem se arranca das paredes».

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