A ministra da Administração Interna garante que há meios suficientes para a criação da nova Unidade de Estrangeiros e Fronteiras na PSP. O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública acredita que os operacionais estão preparados. Para a governante “não há liberdade possível sem segurança que a garanta e não há segurança sem controlo de fronteiras”.
A ministra da Administração Interna, na sua primeira intervenção pública desde que assumiu esta pasta, defendeu esta terça-feira a criação de uma unidade nacional de estrangeiros e fronteiras na PSP. Maria Lúcia Amaral sustentou que “não há segurança sem controlo de fronteiras”.
Sobre a proposta de criação de uma unidade de estrangeiros e fronteiras dentro da PSP,
aprovada esta segunda-feira em Conselho de Ministros e que será levada agora ao Parlamento, a governante diz tratar-se “de uma demonstração política de que o Estado não abdica do seu dever essencial, de proteger e respeitar todos os que se encontrem no nosso território”.
Maria Lúcia Amaral, que interveio no seminário “Migrações e Retorno: Novos rumos para a
Europa”, realizado pela PSP na Escola Superior de Comunicação Social, acrescentou que “não há liberdade possível sem segurança que a garanta e não há segurança sem controlo de fronteiras”.
Neste contexto, a ministra da Administração Interna explicou é urgente a criação de um regime rápido e eficaz de afastamento de cidadãos estrangeiros em situação ilegal, de forma a “combater a imigração ilegal, tráfico de seres humanos e prevenir e proteger as vítimas”.
A governante defendeu ainda que Portugal deve manter-se como um país acolhedor e
preparado para receber quem quer vir para território português, admitindo que estão
atualmente em cima da mesa novos desafios no âmbito das migrações.
“Nos últimos anos, como é bem sabido, Portugal sofreu um dos maiores choques demográficos de sempre, com uma população estrangeira que quadruplicou desde 2017”, disse Maria Lúcia Amaral, acrescentando que “o fenómeno é inegável, levanta e coloca vários desafios, nomeadamente no plano da segurança interna”.