Venâncio Mondlane, candidato presidencial moçambicano, apelou ontem à participação massiva no funeral de Elvino Dias, seu assessor jurídico, que foi assassinado a tiro na passada sexta-feira, no centro de Maputo. O funeral está marcado para quarta-feira, 23 de outubro.
“Vamos estar juntos, em peso, para prestar a última homenagem ao Elvino Dias. Apelo a que a juventude participe pacificamente, sem causar distúrbios”, afirmou Mondlane numa mensagem publicada nas redes sociais, sublinhando a importância de uma presença forte e tranquila na cerimónia.
O assassinato ocorreu na avenida Joaquim Chissano, em Maputo, numa emboscada à viatura onde seguiam Elvino Dias e Paulo Guambe, outro membro destacado do Podemos, partido que apoia Mondlane. Ambos foram mortos no ataque, enquanto uma mulher que também estava no carro ficou ferida e foi hospitalizada.
Mondlane reiterou o apelo à participação popular, enfatizando que a presença maciça “vai transmitir uma imagem positiva ao mundo”. As cerimónias fúnebres de Elvino Dias terão lugar no cemitério de Michafutene, em Maputo, às 13 horas locais (12 horas em Lisboa).
Este incidente trágico ocorre num contexto político tenso, marcado pelas recentes eleições gerais de 09 de outubro, cujos resultados ainda aguardam a validação oficial. A Comissão Nacional de Eleições (CNE) deverá anunciar os resultados até 24 de outubro, enquanto o Conselho Constitucional analisará eventuais recursos antes de proclamar os resultados definitivos.
A morte de Elvino Dias, um colaborador próximo de Mondlane, gerou consternação e reforçou as preocupações sobre a segurança durante este período eleitoral em Moçambique.
