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Montenegro Afirma que Meta de 5% do PIB em Defesa para a NATO Não é Viável

Governo de Portugal Mantém Objetivo de 2% para 2029 e Destaca Impacto Positivo na Economia Nacional

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, alertou que a meta de gastar 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa, proposta por Donald Trump, não é exequível para os países da NATO no curto ou médio prazo. Em declarações à Lusa, à margem de uma reunião do Partido Popular Europeu (PPE) em Berlim, Montenegro sublinhou a necessidade de uma abordagem equilibrada e realista face às exigências de segurança internacional.

“É importante termos a noção de que, embora se reconheça a necessidade de um maior esforço de defesa, o aumento substancial do gasto para 5% do PIB não é viável. O nosso governo está firme no compromisso de alcançar os 2% de despesa em defesa até 2029”, afirmou o chefe de governo português. Esta meta está prevista desde 2019, com o executivo português a antecipar o cumprimento do objetivo em um ano.

Montenegro foi claro ao afirmar que a proposta de 5% do PIB avançada por Trump, embora legítima no contexto de maior envolvimento da NATO, não é algo que deva ser considerado como uma solução imediata. O líder do executivo garantiu ainda que a política de defesa não deverá comprometer as áreas sociais do país. “Investir em defesa não significa desinvestir em setores essenciais, como a saúde ou a educação. Pelo contrário, ao fortalecermos a nossa indústria de defesa, também estamos a criar mais empregos e a gerar mais receita para o Estado, que poderá ser utilizada para apoiar áreas sociais”, explicou.

O primeiro-ministro reiterou também a importância de fomentar a indústria de defesa nacional, com o objetivo de fortalecer a economia portuguesa e reduzir a dependência de compras no exterior. “Estamos a trabalhar com uma taskforce entre o Ministério da Economia e o Ministério da Defesa para incentivar o surgimento de projetos na área da defesa em Portugal, estimulando a criação de empresas e atraindo investimento estrangeiro”, disse.

Montenegro enfatizou ainda o impacto positivo de um setor de defesa robusto na economia, não só pela criação de empregos diretos, mas também pela formação de um ecossistema de inovação tecnológica que pode beneficiar outras indústrias. O governo português está também empenhado em continuar a apoiar a Ucrânia, cumprindo os compromissos financeiros e humanitários assumidos em contexto de guerra, e mantendo a sua posição como um parceiro sólido na Aliança Atlântica.

Em suma, Luís Montenegro defendeu uma abordagem equilibrada e estratégica para o aumento do investimento na defesa, sem sacrificar outras áreas essenciais do país, e reiterou o compromisso do governo português em fortalecer a sua indústria de defesa e colaborar ativamente no apoio à NATO e à segurança europeia.

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