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NATO Começa Exercício Nuclear ‘Steadfast Noon’ com 71 Aviões

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) inicia na próxima Segunda-feira a sua principal manobra nuclear anual, designada “Steadfast Noon”, com a participação de setenta e uma aeronaves de quatorze nações. Este exercício visa assegurar a prontidão e a capacidade de dissuasão nuclear da Aliança Atlântica, decorrendo ao longo de cerca de duas semanas, sem o uso de ogivas ou munições reais.

Objectivo é Manter a Dissuasão Activa

O treino é liderado pelos Países Baixos e contará com o envolvimento de bombardeiros e caças com capacidade para transporte de armamento nuclear, embora o enfoque seja meramente instrutivo. O Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, frisou que esta acção visa confirmar que a dissuasão atómica da aliança permanece «credível, segura e eficaz», conforme noticiado pela agência Lusa. Assim, é expedido um aviso claro a potências adversárias de que a NATO possui os meios para proteger os seus Estados-membros perante quaisquer ameaças.

Uma componente de grande relevância neste adestramento será a salvaguarda dos depósitos de armamento nuclear situados em terra, segundo apurou o jornal Público junto de fontes militares. O Coronel Daniel Bunch, Chefe das Operações Nucleares da NATO, sublinhou a necessidade de defender estas instalações contra diversos perigos, com especial atenção para a ameaça de drones. Isto deve-se a ocorrências estranhas registadas nas proximidades de bases militares na Bélgica e na Dinamarca, noticiou a CNN Portugal.

Participação Aérea e Localização

Os Estados Unidos da América (EUA) vão fornecer aeronaves de caça F-trinta-e-cinco, que podem carregar armamento quer convencional, quer nuclear. Adicionalmente, Washington cede aviões de reabastecimento e outras aeronaves de suporte logístico. Finlândia e Polónia, por seu turno, enviarão caças para as manobras. O exercício terá lugar predominantemente sobre o Mar do Norte, mantendo-se afastado do território da Rússia e da Ucrânia, segundo um comunicado oficial da NATO.

James Stokes, director da Politica Nuclear da NATO, informou que, a despeito da linguagem incisiva usada pelo Kremlin, os aliados «não observaram qualquer alteração na postura nuclear da Rússia». Contudo, a aliança de trinta e duas nações mantem-se vigilante face às actividades militares russas, incluindo a utilização de mísseis de dupla capacidade no conflicto ucraniano. Este é um trabalho contínuo, essencial para a segurança colectiva.

Manobra Rotineira e Não-Provocativa

Funcionários da NATO fizeram questão de realçar que o exercício Steadfast Noon não está dirigido contra qualquer país específico nem se prende com os eventos internacionais da actualidade. Trata-se de uma prática de treino que tem sido realizada anualmente há mais de uma década, com o intuito único de conservar a prontidão nuclear da aliança. Por conseguinte, a manobra é vista como rotineira e preventiva, parte integral da estratégia defensiva dos membros.

O exercício, que pode ser comparado, pela sua importância, à reunião magna da Cimeira Luso-Espanhola, garante que os procedimentos e o pessoal estão aptos a actuar no caso, teoricamente remoto, de um ataque. Portanto, a capacidade de resposta é testada de forma rigorosa e simulada, como um mecanismo de segurança fundamental no xadrez geopolítico mundial.

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