Nesta sexta-feira, 3 de janeiro, um evento que, se não fosse trágico, seria quase cómico, revelou, mais uma vez, o que já todos suspeitavam: a liderança do Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, é tão sólida quanto vidro fino prestes a estalar. Após a reunião de câmara, o que se viu foi um espetáculo de disputas internas, com o Vice-Presidente Hélder Henriques a abandonar a sua posição antes de acabar o mandato, este já com renúncia de mandato como Vice- Presidente transformando-se apenas em vereador sem pelouros. Uma saída que, embora oficial, mais parecia um grito de socorro. E se a política fosse um teatro, este seria mais uma comédia de erros do que uma peça séria de governação.
Leopoldo Rodrigues tem, ao longo de três anos, conseguido apenas uma coisa: mostrar, de forma brilhante, a sua capacidade de falhar na arte de liderar. Em vez de unir a equipa, tem-se isolado cada vez mais, como um capitão de navio que, em vez de conduzir a embarcação, prefere ver o barco afundar à distância, confortável no seu pequeno camarote, longe da tempestade. A relação com o seu executivo, que começou já tensa, tornou-se uma verdadeira guerra de nervos, onde cada passo de Rodrigues parece mais um movimento errático e descoordenado, como se fosse um bailarino fora de ritmo, incapaz de acompanhar a música.
E é esta a triste realidade que os cidadãos de Castelo Branco têm vivido nos últimos anos. Um presidente que mais parece o protagonista de uma comédia de má gestão do que um líder autárquico. Um líder incapaz de tomar decisões firmes, que, ao invés de orientar a câmara para um futuro promissor, tem conduzido a cidade por um caminho sinuoso e incerto, sem direção definida. Não é necessário ser especialista para perceber que a gestão de Rodrigues é, no mínimo, desastrosa. O que é, por vezes, ainda mais surpreendente é a sua insistência em continuar a governar com uma liderança que só ele parece não ver, ou, pior ainda, aceitar.
A sua incapacidade de estabelecer boas relações dentro do próprio executivo tem sido uma das suas maiores falhas. O ambiente na câmara parece mais uma arena de luta política do que um espaço de trabalho colaborativo, onde a construção de soluções para a cidade poderia ser a prioridade. A comédia de erros que tem sido a sua gestão deixou já muitos munícipes a perguntar: será que Castelo Branco merece mais do que esta pantomima? Rodrigues tem, de facto, mostrado que sabe como gerar caos, mas não tem dado sinais de conseguir implementar uma gestão eficiente, honesta ou sequer razoável.
E se o cargo de vice-presidente de Hélder Henriques estava destinado a ser o alicerce de uma liderança compartilhada, a saída repentina e sem explicações claras do cargo, revela mais uma vez, o quanto as relações internas são frágeis e instáveis. Henriques, que parecia ser a promessa de alguma estabilidade, agora é apenas uma sombra do que poderia ter sido, deixando em seu rasto uma câmara municipal dividida e em frangalhos. Uma comédia trágica onde os figurantes estão todos a sair de cena, sem saber quem fica para sustentar o espetáculo.
Seja qual for o futuro de Leopoldo Rodrigues, uma coisa é certa: o seu mandato é, sem dúvida, a mais brilhante prova de como não se deve liderar. Castelo Branco, que poderia estar a viver uma nova era de desenvolvimento e prosperidade, vê-se agora a ser arrastada por uma política de picardias internas, de incapacidade de diálogo e de uma gestão que, francamente, mais se assemelha a um circo desgovernado do que a um governo sério. A cidade merece mais. Muito mais. E, enquanto Rodrigues permanece no palco, Castelo Branco continua a ser o único público a assistir, impotente, a esta comédia do absurdo.
O vice, aproveitou o descontentamento, para cortar com o Leopoldo. Fica agora à espera que o pêesse o empurre para candidato à câmara! Espertalhões não faltam na província!
Parece que este presidente está a ser incómodo para alguns (des)valores instalados.