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O Regresso dos Megafones: Jornal Reconquista Ataca a Liberdade de Imprensa para Proteger Interesses Instalados

O jornal Reconquista, um bastião do jornalismo adormecido e servil, voltou a dar provas de que a sua independência é mais mito do que realidade. Numa atitude que mais parece uma birra de criança do que uma queixa séria, os jornalistas do Reconquista resolveram, pasme-se, apresentar uma queixa à Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) contra o OREGIÕES, acusando-o de plágio. Tudo porque o OREGIÕES, em pleno exercício do que deveria ser o trabalho de qualquer órgão de comunicação social digno desse nome — denunciar  a inércia municipal — ousou publicar uma notícia sobre a falta de segurança rodoviária nas Avenidas da Boa Esperança e Brasil, em Castelo Branco, com o título: “Inércia Municipal em Castelo Branco: Moradores das Avenidas da Boa Esperança e Brasil Exigem Medidas Urgentes para a Segurança Rodoviária.” , titulo da noticia do ORegiões

A alegação ridícula de que este título seria uma cópia de uma notícia publicada pelo Reconquista com o título “Castelo Branco: Moradores da Boa Esperança querem resposta e intervenção” não só é infundada, como revela uma profunda falta de noção sobre o que significa jornalismo de qualidade. O que o Reconquista esquece — ou talvez nunca tenha aprendido — é que os factos são livres e as notícias não são propriedade privada de ninguém. A publicação de uma notícia sobre os mesmos eventos ou problemas não configura plágio, configura responsabilidade cívica e jornalística. O que, claramente, está em falta nas páginas encomendadas que o Reconquista tem impingido aos seus leitores semana após semana.

Por trás desta queixa patética está, sem dúvida, o desconforto crescente de um jornal que vê o seu espaço a encolher, dia após dia, face à ascensão de um órgão de comunicação independente e corajoso como o OREGIÕES. A cada semana que passa, o Reconquista parece menos um jornal e mais um boletim camarário, cheio de comunicados “assinados” que mais não são do que fretes encomendados pelos gabinetes de comunicação de autarquias como as de Idanha-a-Nova ou Castelo Branco. Em vez de fazer jornalismo verdadeiro, de fiscalizar o poder, o Reconquista opta por ser o altifalante da propaganda oficial, alinhando sempre ao lado dos interesses instalados.

A prova desta subserviência crónica é a falta de criatividade e de conteúdo relevante que se espalha pelas suas páginas, semana após semana. Quando não estão a servir de megafone aos autarcas, o que conseguem oferecer? Títulos e conteúdos descaradamente copiados de quem, como o OREGIÕES, ainda faz jornalismo a sério. É óbvio que o desconforto do Reconquista não vem de uma questão de direitos autorais, mas sim da incapacidade de competir num cenário de verdadeiro jornalismo regional.

O facto de recorrerem a esta táctica mesquinha contra o OREGIÕES só prova que o Reconquista se encontra num estado terminal, incapaz de inovar, sem leitores fiéis e a depender cada vez mais das migalhas que lhes são lançadas pelas câmaras municipais. Não espanta que as suas páginas sejam pouco mais do que panfletos disfarçados de jornalismo, enquanto a independência, a liberdade de expressão e o rigor — princípios que deveriam nortear a profissão — são sistematicamente espezinhados em troca de favores.

No entanto, o que realmente irrita o Reconquista não é que o OREGIÕES esteja a publicar notícias sobre os mesmos temas, mas sim o facto de o fazer com uma voz própria, sem estar amordaçado pelas vontades políticas e sem precisar de favores de quem está no poder. E isso, claro, é intolerável para quem se habituou a viver à sombra da dependência.

O Reconquista é hoje a sombra de um jornal que outrora poderia ter sido relevante no panorama regional. A sua postura de ataque ao OREGIÕES não é mais do que uma tentativa desesperada de desacreditar quem lhe está a roubar o protagonismo — um protagonismo que, na verdade, há muito deixou de merecer. Aos jornalistas do Reconquista, só podemos deixar um recado: a independência não se compra com comunicados pagos, conquista-se com trabalho jornalístico sério. E isso, como bem sabem, vocês não têm feito.

Desta maneira, espero sinceramente que o Reconquista não esteja a considerar iniciar uma guerra declarada com o OREGIÕES. Nós estamos aqui para praticar jornalismo independente, com um único compromisso: a verdade e o interesse público. Não estamos interessados em perder tempo em polémicas fabricadas entre colegas de profissão. Pelo contrário, fazemos um apelo ao bom senso e à ética que devem pautar o nosso trabalho. Aproveitem esta oportunidade para se focarem no que realmente importa: melhorar o jornalismo regional, servir os leitores e denunciar o que precisa ser denunciado — nomeadamente, o abuso de poder político e as manobras de quem tenta condicionar a liberdade de imprensa. Os colegas jornalistas não são, nem nunca devem ser, o alvo das vossas queixas.

O verdadeiro jornalismo tem como missão fiscalizar o poder, trazer à luz os problemas das comunidades e ser um farol de transparência. Esperamos que o Reconquista compreenda que o caminho não passa por ataques mesquinhos, mas sim por elevar o nível da profissão, lutando por uma imprensa verdadeiramente livre e independente, ao serviço da sociedade e não de interesses políticos ou económicos.

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Fernando Jesus Pires
Fernando Jesus Pireshttps://oregioes.pt/fotojornalista-fernando-pires-jesus/
Jornalista há 35 anos, trabalhou como enviado especial em Macau, República Popular da China, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coréia do Sul e Paralelo 38, Espanha, Andorra, França, Marrocos, Argélia, Sahara e Mauritânia.

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