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Operação Influencer revela suspeitas de violação do segredo de Estado

O M.P. (Ministério Público) abriu um novo inquérito sobre suspeitas de violação de segredo de Estado relacionado com a Operação Influencer. A informação foi confirmada oficialmente pela Procuradoria-Geral da República. Durante as buscas da Operação Influencer, foi encontrada uma “pen-drive” com informações sensíveis como nomes de agentes secretos. Estava no gabinete de Vítor Escária.

O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) abriu uma nova investigação relacionada com a Operação Influencer. A notícia é da revista “Sábado”. Trata-se de um inquérito sobre suspeitas de violação de segredo de Estado. A decisão terá sido tomada em dezembro do ano passado, após uma reunião com o novo Procurador-geral da República, Amadeu Guerra. A informação foi confirmada oficialmente pela Procuradoria-Geral da República.

De acordo com a revista Sábado, estão ainda em causa as buscas realizadas no final de 2023 no gabinete de Vítor Escária, antigo chefe de gabinete de António Costa. Nestas diligências foi encontrada uma pen-drive com dados pessoais de funcionários da Policia Judiciária, do fisco e das secretas.

A pen foi apreendida durante as buscas no âmbito da operação Influencer no cofre de Vítor Escária, quando era chefe de gabinete de António Costa, em São Bento, e contém a identificação e outros dados pessoais de centenas de agentes do Serviço de Informações e Segurança (SIS), Serviço de Informações Estratégicas e Defesa (SIED), Polícia Judiciária (PJ) e Autoridade Tributária.

O auto da busca ao gabinete de Vítor Escária, a 7 de novembro de 2023, já dava algumas pistas sobre o “achamento” do dispositivo informático. Vinte minutos antes de o ex-primeiro ministro comunicar ao País (14:24h) ter pedido a demissão ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa – na sequência de um comunicado da Procuradoria-geral da República, ao final da manhã, que o mencionava também como um suspeito – uma equipa de agentes da PSP, o procurador Rosário Teixeira e o juiz de instrução Nuno Dias Costa apresentaram-se na entrada da Rua da Imprensa à Estrela, nº4, com o respetivo mandado de busca ao gabinete de Vítor Escária na mão. Como não era o titular do processo da “Operação Influencer”, Rosário Teixeira terá comentado nos corredores de São Bento estar ali apenas a “fazer um recado”.

Vítor Escária argumenta que aquela informação chegou por via anónima e foi colocada no cofre apenas por cautela. Quer Escária quer António Costa não terão sido ainda ouvidos pelo Ministério Público, no âmbito desta nova investigação.

Entretanto, o ex-primeiro-ministro António Costa garante nada saber sobre a pen-drive apreendida no gabinete do seu ex-braço direito Vítor Escária e que continha informação confidencial sobre identidades de operacionais da PJ e do SIS e do SIED.

“Perante a notícia hoje tornada pública, quer deixar claro que em momento algum foi o seu constituinte confrontado com a existência desta alegada pen ou com o seu conteúdo, desconhecendo em absoluto do que se trata e o que dela efetivamente consta, pelo que nenhum comentário adicional fará”, diz ao Expresso João Lima Cluny, advogado de Costa na Operação Influencer.

IL quer ouvir António Costa

A IL anunciou esta quarta-feira que vai pedir a audição parlamentar do ex-primeiro-ministro António Costa, após ter sido encontrado em São Bento, no âmbito das buscas da Operação Influencer, uma ‘pen-drive’ com informações comprometedoras do segredo de Estado.

Em conferência de imprensa, no parlamento, o presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, adiantou que também pretende chamar ao parlamento os dois últimos chefes de gabinete do ex-primeiro-ministro, Vítor Escária e Francisco André, bem como os diretores dos serviços de segurança e de informações atingidos por este caso.

Rui Rocha apresentou estas iniciativas depois de a revista Sábado ter noticiado esta quarta-feira que em novembro de 2023 foi apreendida num cofre no espaço de trabalho de Vítor Escária, antigo chefe de gabinete do ex-primeiro-ministro António Costa, uma ‘pen-drive’ com a identificação e outros dados pessoais de centenas de agentes de serviços policiais e de segurança.

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