Os oficiais de justiça de Angola acusam o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de inviabilizar as negociações com o sindicato, apesar de estar a esgotar o prazo dado para tutela se pronunciar sobre o caderno reivindicativo.
A classe promete “desenterrar” a segunda fase da greve ante ao silêncio do ministério.
O Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA) avisa que o prazo para Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos responder as reivindicações apresentadas pelos trabalhadores está a terminar.
Ao “Oregiões”, Joaquim Brito Teixeira, secretário-geral do sindicato, questiona o silêncio de Marcy Lopes, ministro da Justiça dos Direitos Humanos, relativamente ao caderno reivindicativo, sendo que o tem a mesa há dois anos.
“Ora, não entendemos por que razão a sua excelência senhor ministro da Justiça não conversa. Não entra em contacto com a doutora Ana Celeste, para saber se estamos agir de má-fé ou se realmente existe ou não existe processo em relação ao caderno reivindicativo de 2021”, lembrou o sindicalista.
O responsável sindical explica que, após a suspensão da greve do mês de agosto, a entidade patronal não apresentou nenhuma proposta, contudo, não há outra saída senão reactivar a segunda fase, caso o ministério não se pronuncie dentro de duas semanas.
Brito Teixeira entende, porém, que o governante tem feito ouvido de mercado por, alegadamente não demostrar interesse em negociar com a classe dos oficiais de justiça de Angola.
“Antes da greve não houve qualquer tipo de iniciativa da parte da entidade patronal. Pós, igualmente, entendemos que não existe interesse da entidade patronal em querer negociar. E em contagem regressiva, para os 45 dias, activar a segunda fase da greve se até lá não existir qualquer tipo de negociação. Estamos em contagem regressiva. Estamos a falar em duas semanas e meia”, supõe o sindicalista Joaquim Brito Teixeira.
O SOJA, Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola, vem, há dois anos, exigir do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos melhorias das condições de trabalho, seguro de saúde, mobilidade trabalhadores e actualização do estatuto remuneratório.