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Paulo Raimundo avisa em Loures que mandar abaixo um teto é atacar a vida das pessoas

Com o intuito de recuperar a presidência da autarquia, a CDU concorre com o bioquímico Gonçalo Caroço, de 50 anos, que neste mandato é vereador sem pelouros, mas nos mandatos de Bernardino Soares (2013-2021) foi vereador nas áreas Social, Educação, Saúde, Recursos Humanos e Habitação. Na apresentação da candidatura, Paulo Raimundo avisou que mandar abaixo um teto é atacar a vida de quem está lá dentro.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, avisou em Loures que “mandar abaixo um teto” corresponde a “atacar a vida de quem está lá dentro” e acusou o PS de ser especialista em inaugurar obras autárquicas da CDU.

“Porque, dentro de quatro paredes e em cada teto, estão pessoas: homens, mulheres e crianças. E mandar abaixo um teto, por mais precário que seja, sem alternativa, é atacar não é o teto, não são as paredes… É a vida de quem está lá dentro, a vida de quem trabalha”, afirmou Paulo Raimundo, recebendo um forte aplauso.

O secretário-geral do PCP aludia às demolições, entre julho e agosto, de habitações no Bairro do Talude, decididas pelo atual presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão (PS).

Neste discurso, feito já em tom de campanha eleitoral, Paulo Raimundo procurou demarcar o projeto da CDU – que presidiu a Loures entre 2013 e 2021, quando foi derrotada por Ricardo Leão – do que é defendido pelo PS, afirmando que o povo conhece, “infelizmente por experiência própria”, a diferença entre as duas gestões camarárias.

O secretário-geral do PCP defendeu que a diferença não é apenas de projetos, mas também de obra realizada, ironizando que a “grande especialidade dos eleitos do PS” é “inaugurar obras que a CDU deixou em andamento”.

“Mas a diferença não é apenas essa. A diferença é para quem é que se destina a nossa obra. O nosso projeto destina-se às populações (…) E nós não nos enganamos ao lado da defesa intransigente dos serviços públicos. Enquanto para outros tudo pode ser negócio, para nós há coisas que nunca serão negócio: a água, os resíduos, os espaços verdes, os direitos dos trabalhadores nunca serão um negócio, ao contrário de outros”, frisou.

Continuando a contrapor o projeto da coligação ao de “outros”, Paulo Raimundo frisou que a CDU está empenhada em medidas como o metro em Loures ou no passe social único mais barato, “enquanto outros têm lá umas gavetas onde metem as promessas, onde metem as reivindicações justas das populações”.

Depois, dirigindo-se aos militantes da coligação que o ouviam, o secretário-geral do PCP advertiu que os adversários políticos da CDU vão começar a andar “com sacos grandes, mesmo grandes, cheios de promessas para distribuir” e deixou-lhes um pedido.

“Nós devemos dizer isto à população de Loures: aqui não se faz uma única promessa. Aqui assumem-se compromissos e honramos todos os compromissos que assumimos todos os dias em prol da população”, pediu.

Paulo Raimundo disse também que, em todo o país, mas particularmente em Loures, os adversários da CDU têm “muitos meios, muita força, muitos cartazes, muitas faixas, se calhar muitos jantares e almoços à borla”.

“Nós não conseguimos competir com isso, nem queremos competir com isso. Mas nós temos aquilo que nenhum deles tem: anos de trabalho, de ligação à vida, de ligação às populações. Temos um património que mais nenhuma força tem. Ativemos esse património”, pediu.

O secretário-geral do PCP referiu ainda que os adversários da CDU “não olham a meios para chegar ao seu objetivo”, frisando que recorrem à “mentira, caciquismo, chantagem, pressão, às vezes até é a promessa deste ou daquele emprego”.

“Este não é o nosso campeonato. O nosso campeonato é o da verdade”, afirmou, salientando que, na CDU, “não há demagogia, mentiras, mentirolas”, nem se “vende a banha da cobra”.

“Aqui, ninguém se verga perante os grandes interesses, por maiores e mais fortes que eles sejam”, disse.

Habitação é prioridade

Já o candidato Gonçalo Caroço salientou que a candidatura da CDU afirma-se como a única capaz de, com a sua visão para Loures, inverter o rumo que o PS, juntamente com o PSD e Chega, impuseram neste mandato no concelho, apontando como prioridades as áreas da habitação, saúde, mobilidade, educação, cultura e desporto.

“Depois de 4 anos perdidos que equivaleram a zero novos fogos construídos e zero fogos disponibilizados para o arrendamento acessível é hora de voltar a ter a Habitação como uma prioridade absoluta”, afirmou o candidato comunista, assumindo “o compromisso de disponibilizar, no mínimo, 550 novos fogos para quem mais precisa em particular os jovens e aqueles que não conseguem pagar as rendas exorbitantes que grassam por Loures, associado ao trabalho com as cooperativas de habitação e com os proprietários dos mais de 6000 fogos devolutos registados no concelho de Loures serão as respostas urgentes que Loures precisa”.

Segundo o candidato, neste momento a Câmara de Loures gere “cerca de 2500 contratos de arrendamento. A rotatividade acontece por força do fim de contratos por razões diversas onde se inclui a recuperação de fogos por saída do arrendatário ou por incumprimento reiterado das obrigações. Foi esta rotatividade que permitiu à câmara na Gestão da CDU realojar centenas de agregados familiares que necessitavam deste tipo de apoio. Só em 2021, ano final da pandemia, foi possível disponibilizar cerca de 60 fogos nestas circunstâncias”.

Apelando a uma gestão mais rigoroda, Gonçalo Caroço apontou como objetivo “terminar o mandato com uma rotatividade de pelo menos 75 fogos/ano fazendo da atual habitação municipal um pilar fundamental para ajudar quem mais precisa de uma resposta habitacional o que sendo possível requer voltar a ter uma gestão rigorosa do Parque Habitacional Municipal como aconteceu nos mandatos da CDU”.

Com criticas ao Governo e á autarquia por não encontrar soluções para as crianças, idosos e deficientes, Gonçalo Caroço defendeu que é preciso “criar oportunidades para todas as crianças terem uma creche e um Jardim de Infância porque esse é um direito de todas elas e é obrigação da Câmara fazer com que esse direito se concretize, em conjunto com os Agrupamentos, IPSS, Ministério da Educação e Segurança Social. Com a CDU na Câmara Municipal no mínimo serão 500 novas vagas de creche e 300 de jardim de infância até 2029”.

Por outro lado, defendeu a “necessidade de lares para ajudar muitas famílias a darem condições de vida digna aos seus idosos”, considerando “inaceitável que não se olhe para esta questão como algo que precisa de investimentos urgentes e cada vez maiores, porque felizmente a longevidade é cada vez maior e a dignidade não tem idade. Assumimos por isso o compromisso de no mínimo criarmos 250 novas vagas de lar em Loures até 2029, mas trabalharemos com as Instituições Sociais e com a Segurança Social para alargar ainda mais este número que é mesmo assim insuficiente”.

Saúde e grandes metas

Na saúde, a CDU promete acabar com as teleconsultas, reforçando os médicos de família, apesar de saber que este “Governo fará ouvidos mocos, enquanto puder, para alimentar o negócio privado da doença, mas com a participação da população na exigência desses médicos de família e pela reabertura de centros de atendimentos complementares com meios básicos de diagnóstico o barulho será de tal forma ensurdecedor que será impossível não dar uma resposta às populações”.

Gonçalo Caroço prometru ainda estar na linha da frente pela abertura imediata da uma repartição de finanças em Sacavém que sirva toda a zona Oriental do concelho, pelo fim das portagens da CREL, pelo reforço de meios das esquadras da PSP e da GNR, pelo reconhecimento da carreira de bombeiro, sempre muito aclamados mas que depois na altura da verdade PS e PSD votam contra as propostas da sua real valorização, pelo retorno da EGF e da VALORSUL à esfera pública como empresa estratégica nacional e para Loures no tratamento de resíduos, por um metro que sirva Sacavém e a zona a Oriental e pelo reforço da frequência dos comboios na linha da Azambuja e as requalificações dos apeadeiros de Santa Iria de Azóia e Bobadela respetivas

Movimento associativo

Quanto ao movimento associativo local, referiu que existem duas medidas que terão de ter concretização prática no próximo mandato.

Uma primeira na área do desporto em que há um crescimento de atletas e clubes, após a pandemia que não foi acompanhado pelo crescimento de infraestruturas como Pavilhões desportivos.

“Há cada vez mais crianças e jovens que pretendem praticar desporto, mas que se veem impedidos de fazer porque não há Pavilhões com horas disponíveis para os clubes poderem desenvolver a sua atividade. É importante sublinhar que o último Pavilhão desportivo foi feito pela CDU no Infantado e que

o atual executivo não iniciou qualquer procedimento ou obra nesse Âmbito”, referiu, anunciando que a prioridade da CDU é construir mais Pavilhões desportivos em diversos locais do concelho como por exemplo em Camarate que não tem nenhuma resposta nesta matéria.

A segunda medida é “que assumimos claramente que a Cultura em Loures não pode ser chutada para um Pavilhão Multiusos onde não haverá espaço para os agentes culturais locais. Com a CDU o Centro Cultural voltará a fazer parte da agenda do Município”, afirmou.

“Queremos um Centro Cultural onde se possa assistir a espetáculos numa sala digna, mas também onde se possa criar, partilhar e fruir da cultura que fervilha em Loures”. Por isso, no próximo mandato a CDU iniciará a construção do Centro Cultural em Loures, porque sem Cultura não há Democracia”.

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