A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) enviou um ofício à Ministra da Administração Interna (MAI), reforçando a preocupação quanto ao “quadro crítico” em que se encontra a Polícia de Segurança Pública.
A ASPP/PSP entende que reunir apenas em setembro (e para calendarização de novas reuniões), evidência um total “relaxamento” perante uma “situação de risco” que se agudizará durante o mês de agosto, desde logo, pelo funcionamento da UNEF e pela dinâmica própria de período de férias. A associação sindical lembra que as esquadras estão no limite, com profissionais exaustos, constantemente “convidados” a perder as suas folgas, “presenteados” com sobrecarga de trabalho e comandantes numa gestão em desespero.
A maior associação sindical da PSP não quer esperar por setembro e propõe retomar já as negociações de vários temas do caderno reivindicativo apresentado em janeiro. Na segunda-feira, as estruturas sindicais da PSP e da GNR reuniram-se com a ministra da Administração Interna. O encontro serviu para a apresentação de Maria Lúcia Amaral, tendo a tutela apontado para setembro a retoma das negociações.
À semelhança do que foi feito nessa reunião em que os representantes da PSP apontaram para a urgência da retoma das negociações, o comunicado da ASPP, esta quarta-feira, insiste no apelo.
A Associação Sindical de profissionais de Polícia (ASPP) defende debater, ainda este mês, ”a indexação da componente fixa do SSRFS para 2026 (que ficou em 2% em 2025 -7 EUR), a alteração à portaria de avaliação de serviço (de três para dois anos para mudança de nível remuneratório), a alteração da portaria dos serviços remunerados (dignificação de tal regime), a resolução do vazio criado pelo art.º. 155.° do EP (concurso a Chefe Coordenador) e a criação de um índice remuneratório com efeito administrativo a todos os profissionais que já possuem requisitos legais para alteração de nível remuneratório, mas que o mesmo não existe para o respetivo posto, poderiam ser matérias já debatidas e mesmo efetivadas”.
A ASPP entende que para “a calendarização em setembro” pode ficar “a alteração da tabela remuneratória, a reestruturação dos suplementos e as alterações ao Estatuto Profissional.
No comunicado, a associação defende que retomar já as negociações “seria não só um sinal de boa gestão de expectativas, como um indício positivo para o imenso trabalho que está por fazer.”
A ASPP volta a denunciar “esquadras no limite”, “com profissionais exaustos, constantemente “convidados” a perder as suas folgas, “presenteados” com sobrecarga de trabalho e comandantes numa gestão em desespero. Realidade que a senhora ministra assumiu conhecer”.