Quarta-feira,Agosto 13, 2025
20.7 C
Castelo Branco

- Publicidade -

Polónia antecipa congelamento iminente da guerra na Ucrânia e alerta: “A paz interessa-nos profundamente”

Líder polaco aponta sinais de congelamento do conflito na Ucrânia após contacto direto com Zelensky

O primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk, revelou esta sexta-feira, após uma conversa com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que existem “certos sinais” de que o conflito armado na Ucrânia poderá caminhar para um “congelamento mais próximo do que distante”. As declarações surgem num momento de crescente movimentação diplomática internacional em torno de possíveis negociações de cessar-fogo, numa guerra que dura há mais de três anos e que tem alterado profundamente o equilíbrio geopolítico da Europa.

Tusk, que falava a partir do parque eólico marinho de Leba, no norte da Polónia, afirmou que a sua “intuição” o leva a acreditar que há desenvolvimentos significativos nos bastidores do conflito, destacando o tom cauteloso mas “não obstante otimista” de Zelensky durante a conversa, realizada por videochamada.

Segundo o chefe do governo polaco, o Presidente ucraniano transmitiu-lhe “grande interesse” em que os países europeus, incluindo a Polónia, participem activamente na construção de um plano de cessar-fogo e, futuramente, de paz duradoura. Tusk reforçou ainda que a estabilização da Ucrânia e o fim das hostilidades representam um objetivo estratégico para Varsóvia, sublinhando que “interessa muito à Polónia que a paz reine na região”, dada a sua importância direta para a segurança nacional e a estabilidade regional.

Zelensky, por sua vez, confirmou a conversa através da plataforma Telegram, onde enumerou os temas discutidos com o primeiro-ministro polaco: esforços conjuntos para a paz, reforço da capacidade de defesa, apoio contínuo aos cidadãos ucranianos e o avanço do processo de adesão da Ucrânia à União Europeia.

Este desenvolvimento diplomático surge numa altura crítica, marcada por novas pressões internacionais para encontrar uma solução negociada para o conflito. O Presidente da Finlândia, Alexander Stubb, revelou recentemente que o ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participou numa chamada telefónica com Zelensky e vários líderes europeus, durante a qual se discutiram estratégias para alcançar um cessar-fogo.

Segundo fontes finlandesas, Trump terá estabelecido inicialmente um prazo de 50 dias para que a Rússia aceitasse iniciar negociações de paz, sob ameaça de sanções económicas e tarifas sobre os países que continuem a importar petróleo russo. Este ultimato, que deveria vigorar até início de setembro, foi entretanto encurtado e termina já esta sexta-feira.

A guerra na Ucrânia, que começou com a invasão russa a 24 de fevereiro de 2022, continua a provocar destruição em larga escala e a gerar um elevado número de vítimas civis e militares. A eventual aproximação de um “congelamento do conflito”, ainda que não represente um cessar-fogo formal, poderá sinalizar o início de uma nova fase do conflito, com um peso decisivo para o futuro da segurança europeia.

Para já, tanto Kiev como Varsóvia demonstram abertura para intensificar a cooperação diplomática e militar, reforçando a necessidade de um bloco europeu unido na procura por uma solução que devolva estabilidade ao continente.

- Publicidade -

Não perca esta e outras novidades! Subscreva a nossa newsletter e receba as notícias mais importantes da semana, nacionais e internacionais, diretamente no seu email. Fique sempre informado!

Partilhe nas redes sociais:

Destaques

- Publicidade -

Artigos do autor

Não está autorizado a replicar o conteúdo deste site.