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Portugal Mantém 27.º Lugar no Índice Global de Influência, com a China a Subir para o Segundo Lugar

Portugal manteve o 27.º lugar no Índice Global de ‘Soft Power’ em 2025, ranking que avalia a capacidade de influência das nações no cenário internacional. O índice, produzido pela consultora Brand Finance, classifica os 193 países membros das Nações Unidas com base em 55 métricas distintas, que abrangem áreas como diplomacia, cultura, economia e atributos da população.

Embora Portugal tenha permanecido estável em quase todos os indicadores, o país registou uma melhoria em aspectos como o ambiente económico e as qualidades da sua população. Esta estabilidade é vista como um reflexo de uma posição consolidada no índice, mas o presidente da Brand Finance, David Haigh, considera que Portugal ainda poderia explorar mais o seu potencial de influência global.

No topo do índice, os Estados Unidos mantiveram o primeiro lugar, mas com uma previsão de queda futura devido ao impacto da presidência de Donald Trump. A ascensão da China para o segundo lugar é um dos desenvolvimentos mais notáveis desta edição, impulsionada pela perda de influência do Reino Unido após o Brexit, bem como pelo investimento estratégico da China em diplomacia cultural e económica. A Iniciativa Faixa e Rota, a expansão dos centros culturais Confúcio e o aumento do financiamento em ajuda externa são algumas das iniciativas que têm ajudado a China a melhorar sua posição global, subindo do oitavo para o segundo lugar, uma ascensão significativa em apenas quatro anos.

David Haigh sublinha que países como a Finlândia, a Estónia, a Irlanda, Singapura e os Emirados Árabes Unidos se destacam no ranking devido à sua organização e capacidade de implementar eficazmente as suas estratégias. Para Haigh, o sucesso destas nações deve-se à sua capacidade de adaptação e ação prática.

No entanto, a dinâmica do ‘Soft Power’ também reflete os desafios enfrentados por algumas nações. O Reino Unido, por exemplo, viu a sua influência diminuir após o Brexit, o que permitiu que outros países, como a China, ganhassem terreno. Israel, afetado pela situação do conflito no Oriente Médio, desceu para o 33.º lugar, enquanto a Ucrânia caiu para o 46.º. Em contraste, a Rússia conseguiu manter-se na 16.ª posição, embora tenha perdido posições desde 2022, um fenómeno que, segundo Haigh, é explicado pela simpatia de alguns países em relação às ações russas no contexto da geopolítica global.

Entre os países lusófonos, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Equatorial e Timor-Leste registaram quedas no ranking, refletindo desafios na sua projeção internacional. Angola desceu para o 128.º lugar, enquanto Moçambique ocupou o 137.º, e Cabo Verde caiu para o 155.º. Em contraste, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe registaram ligeiras subidas, ocupando o 162.º e o 172.º lugar, respetivamente.

Este estudo revela que, embora o ‘Soft Power’ continue a ser um fator decisivo nas relações internacionais, o caminho para a ascensão no ranking envolve não apenas a implementação de políticas estratégicas, mas também a capacidade de cada país em moldar perceções a nível global.

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